14 de maio de 2010

Trânsito no DF: saturação e caos urbano


Mais de 70% dos empregos do Distrito Federal se concentram no Plano Piloto, só ques 80% da população mora fora dele. A malha metroviária alcança poucos bairros, o transporte coletivo é um dos mais caros e deficitários do país e a frota de ônibus é ineficiente.

As ruas largas da capital, a divisão da cidade por setores e as grandes distâncias que separam esses locais são um convite para o uso do carro.

Além disso, há uma maior oferta de crédito para financiamento, o que faz crescer ainda mais o número de carros nas ruas.

Dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (Sincofiv-DF) revelam que quase 10 mil novos automóveis chegam às ruas da capital a cada mês.

Brasília tem hoje aproximadamente 1,1 milhão de automóveis para 2,6 milhões de pessoas, umas das mais altas porcentagens de habitantes por carro do país.

Para tantos carros, não há ruas ou estacionamentos que bastem e a cidade que não foi planejada para pedestres começa a entrar em colapso.

Como solução, o governo faz duplicação de vias, constrói mais viadutos e estacionamentos subterrâneos.

Na minha opinião, se você cria mais estacionamentos, na verdade você está facilitando e incentivando o uso do transporte individual. O resultado? Saturação e caos urbano.

O uso do automóvel não resolve o problema da locomoção. O caminho é melhorar o transporte público e desencorajar o uso do carro com ações simples como por exemplo, O USO DA BICICLETA, até mesmo como alternativa para uma vida mais saudável.

Mas os problemas para os ciclistas são muitos. A falta de ciclovias, o desrespeito dos motoristas e até mesmo o preconceito.

Na semana que vem discutiremos aqui no blog os cuidados necessários, as vantagens e os problemas enfrentados por quem opta pelo uso da bicicleta como meio de transporte.

Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA

2 comentários:

  1. A política do carro como principal transporte é insustentável. Corredores exclusivos para ônibus nas pistas que já existem delimitando o acesso às faixas da direita (porque quando se fala em algo novo no DF já se pensa em obra) e construção de uma densa malha cicloviária são coisas que estão ao alcance dos governantes e não são necessariamente intervenções faraônicas. Talvez até por isso não são feitas. E o VLT tem que ocupar uma faixa da W3, e não o lugar das árvores.
    De bicicleta a hora do Rush pode ser divertida!

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  2. Parabéns pela iniciativa.
    Se 1/3 dos políticos ditos sérios pensassem desta maneira a respeito do caos motorizado e incentivasse de verdadde o uso da bicicleta como meio de tranporte, certamente Brasília seria muito mais tranquila e mais prazerosa.
    Enquanto milagres não acontecem, seguimos pedalando firme e forte, sem desistir!

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