31 de maio de 2010

Leonardo Boff é mais um que acredita em Marina Silva


Leonardo Boff nasceu em Concórdia (SC) em 1938. Teólogo, escritor e professor universitário, é considerado um dos maiores intelectuais brasileiros.

Em 1970, doutorou-se em Filosofia e Teologia na Universidade de Munique, Alemanha. Ao retornar ao Brasil, ajudou a consolidar a Teologia da Libertação no país. Lecionou Teologia Sistemática e Ecumênica no Instituto Teológico Franciscano em Petrópolis (RJ) durante 22 anos. Foi editor das revistas Concilium (1970-1995) (Revista Internacional de Teologia), Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984).

Foi professor de Teologia e Espiritualidade em vários institutos do Brasil e exterior. Como professor visitante, lecionou nas seguintes instituições: Universidade de Lisboa (Portugal) ,Universidade de Salamanca (Espanha), Universidade Harvard (EUA),Universidade de Basel (Suiça) e Universidade de Heidelberg (Alemanha). É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália), em Teologia pela universidade de Lund (Suécia) e nas Faculdades EST – Escola Superior de Teologia em São Leopoldo (Rio Grande do Sul).

Sua produção literária e teológica é superior a 60 livros, entre eles o best-seller "A Águia e a Galinha". A maioria de suas obras foram publicadas no exterior, onde foi condecorado com vários prêmios. Atualmente, viaja pelo país,dando palestras sobre os temas abordados em seus livros e também em encontros da Agenda 21. Vive em Petrópolis (RJ) com a educadora popular Márcia Miranda.

Leonardo Boff é mais um que acredita no potencial de Marina como líder.

Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA

Assista ao vídeo com Leonardo Boff:

29 de maio de 2010

Bate-Papo ambiental com a jornalista Paula Saldanha

Na última quinta-feira a jornalista Paula Saldanha esteve em Brasília para um bate-papo ambiental promovido pelo Instituto Brasília Ambiental (IBRAM).

Apresentadora do programa “Expedições”, da TV Brasil, Paula e sua equipe já produziram mais de 300 documentários média-metragem sobre as diversas regiões e populações do país.

Gentilmente, a jornalista também escutou sugestões de pauta e respondeu perguntas do público.

Eu próprio sugeri a ela uma pauta para o seu programa semanal na TV Brasil. Falei a respeito das orquídeas do Parque do Guará e outras espécies endêmicas de nossa região, que só existem no Guará e Riacho Fundo.

Ao longo dos anos essa riqueza não tem sido valorizada ou devidamente preservada pelas gestões distritais, como um dia sonhou o botânico Ezechias Heringer.

Saudações Verdes

ADOLPHO FUÍCA

Assista ao vídeo:



28 de maio de 2010

Festival República Blues - 28, 29 e 30 de maio

O público brasiliense tem a oportunidade de saborear nesse fim de semana um dos maiores e melhores festivais de blues do Brasil. O FESTIVAL REPÚBLICA BLUES 2010 acontece hoje e amanhã a partir das 19 horas no gramado da Funarte (Eixo Monumental) e no domingo a partir das 18 horas no Teatro de Arena do Guará.


Realizado pelo Clube do Blues de Brasília, o evento chega à sua quarta edição. As duas primeiras, realizadas em 2004 e 2005, quando ainda era chamado BSB Blues Festival, apresentaram ao público brasiliense grandes nomes do Blues local, como a Brazilian Blues Band e os guitarristas Celso Salim, e Dillo Daraujo, nacional, como Nuno Mindelis, Blues Power e Celso Blues Boy e internacional, quando citamos o gaitista Peter Mad Cat Ruth e o pianista Deacon Jones ambos americanos. Porém, foram realizadas em local fechado, de médias dimensões e com cobrança de ingressos, o que diminuiu o acesso ao grande número de pessoas que tem afeição ao secular gênero musical afroamericano.


Já inserido oficialmente no calendário cultural da cidade, o Festival República Blues se estabeleceu oficialmente entre os eventos culturais mais esperados de Brasília. Em 2009, após uma pausa, o festival retornou em grande estilo. Brazilian Blues Band, Oficina Blues e a novata Casa Vermelha fizeram parte do time local. Do escrete nacional vieram Taryn Szpilmann, Celso Blues Boy, Nuno Mindelis e Blues Etílicos, entre outros. A gringada completou o evento como os americanos Eddie C. Camppbel e Stevie Guyger. Mais de 10.000 pessoas presenciaram as apresentações com total interação.


A 4ª edição promete dar a Brasília um merecido presente de 50 anos. Afora crises políticas e/ou institucionais, o show não pode parar, e a cidade vai festejar seu cinqüentenário de forma muito musical, tal qual sua alma. O blues já garantiu sua presença e nos dias 28, 29 e 30 de maio, no gramado do Complexo Cultural da Funarte e no Teatro de Arena do Guará, brinda com os brasilienses as presenças de Stanley Jordan & Armandinho, TM Stevens Project c/ Cindy Blackman; Delmar Brown, Jefferson Gonçalves Blues Band, Taryn Szpilmann, André Cristóvam, Fernando Noronha; Black Soul, Engels Espíritos, Brazilian Blues Band & Flávio Guimarães, e muito mais. O Clube do Blues de Brasília e o Festival República Blues trarão três dias de saudação e brinde pelos 50 anos de Brasília.


Confira a programação completa:

http://www.festivalrepublicablues.com.br/programacao.html



27 de maio de 2010

Crianças da rede pública de ensino conhecem o Cerrado no Distrito Federal


Programa Cerrado Vivo vai beneficiar cerca de 13 mil alunos no DF. Estudantes aprendem sobre a vegetação e se tornam protetores do meio ambiente

Uma ação diferente está mudando a rotina das escolas públicas do Distrito Federal. O programa Cerrado Vivo leva aos alunos noções de como proteger a natureza e permite o contato das crianças com a vegetação típica do Planalto Central, o Cerrado. Mais de sete mil estudantes já foram atendidos pela iniciativa. A Subsecretaria de Meio Ambiente da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), responsável pelo programa, pretende atender aproximadamente 13 mil estudantes até o fim do projeto.

Por meio de peças teatrais e palestras educativas, os alunos aprendem a preservar o meio ambiente de forma lúdica e divertida. Com o grupo de teatro Us da Paz, formado pelo palhaço fumaça e o mímico Abder Paz, as crianças descobrem características do bioma Cerrado, como a fauna e a flora e entendem a importância de se preservar parques e poluir menos o meio em que elas vivem.
 


O aluno Ricaelmi Souza, 9 anos, participou do plantio e gostou. “Gostei muito da experiência de conhecer o Cerrado, nunca tinha feito isso”. Outro aluno que elogiou a iniciativa foi Carlos Alberto, da 6ª série da Escola do Bosque, em São Sebastião. "Foi muito legal. Aprendi que a gente deve cuidar da natureza, porque senão vamos ficar com a nossa água poluída e o nosso ar também. Vou ensinar para todo mundo que eu puder.”
 


Os professores também aprovam a iniciativa. Rafael Correia Herdeiro afirma que a forma de abordagem do projeto Cerrado Vivo é muito proveitosa para os estudantes. "Os alunos têm a chance de poder aproveitar uma apresentação diferenciada. Eles só vão tomar consciência da importância do Cerrado a partir desta vivência e deste aproveitamento". 
 
As apresentações do Cerrado Vivo são semanais e vão até o final deste semestre.

Sensibilização Ambiental — O Cerrado brasileiro é considerado um dos tipos mais ricos de Savana. É o segundo maior bioma nacional, com cerca de 240 milhões de hectares de extensão e ocupa cerca de 20% do território nacional. A maior parte do Cerrado é encontrada na região central do Brasil. Outra característica deste importante bioma é que ele é considerado o berço das águas, por ter inúmeras nascentes dos mais importantes rios brasileiros. 
 
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) também é parceiro neste projeto. Ao início de cada apresentação, Adolpho Luiz Kesselring, da Diretoria de Educação Ambiental e coordenador do Programa da Agenda 21, faz uma explanação teórica das características do Cerrado para os alunos.

“O objetivo é que eles comecem a olhar com outros olhos para o Cerrado e que entendam que não podemos abraçar o mundo, mas podemos abraçar a nossa casa e a nossa sala. A questão ambiental começa dentro de cada um, por isso a gente tenta colocar uma sementinha no coração dessas crianças”, explicou Kesselring.

Fonte: www.seduma.df.gov.br

Assista ao vídeo:


26 de maio de 2010

ONGs do Cerrado participam de evento Pró-Mata Atlântica em São Paulo

Aconteceu no Parque Ibirapuera, em São Paulo, entre os dias 21 e 23 de maio, o evento VIVA A MATA 2010, promovido pela ONG SOS MATA ATLÂNTICA com o objetivo de firmar alianças entre entidades assistenciais e parcerias para projetos em apoio ao bioma Mata Atlântica.

Na condição de representante da Confederação Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (CNRPPN), tive a oportunidade de participar do evento e formalizar contatos com diversas instituições, conhecer novos projetos e ter uma relação direta com ativistas que atuam em favor da Mata.

O que pude perceber é que muitas das ações e parcerias também podem ser implantadas no Cerrado, com propostas semelhantes entre as ONGs daqui, para viabilizar atitudes práticas de preservação ambiental.

Código Florestal
Houve um debate sobre o Código Florestal e o lançamento da campanha “Exterminadores do Futuro”, com representantes de diversas instituições e membros da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados.

Durante o evento foi comemorado um ano de atividades na estrada do caminhão itinerante do projeto SOS Mata Atlântica. Uma equipe bem preparada percorre o país de caminhão levando educação ambiental até as pessoas. No total, o caminhão já passou por cinco estados, mais de 11 mil km rodados, 170 mil visitantes, 40 rios monitorados e 140 ONG’s envolvidas. Tudo isso foi possível graças a um trabalho de parceria e apoio de patrocinadores.

O ator Marcos Palmeira participou de um bate-papo com jornalistas e contou a respeito das atividades que desenvolve na sua fazenda de produtos orgânicos e como isso mudou sua vida e a dos funcionários que trabalham na propriedade.

Alianças entre as ONGs
Ficou clara a importância da mobilização das ONG’s brasileiras, cada uma em sua região, para chamar a atenção da sociedade sobre os retrocessos contra a legislação ambiental que podem acontecer com a mudança no Código Florestal.

Essas mudanças estão sendo propostas por alguns deputados que representam interesses de setores oligárquicos ou de visão estreita, que defendem interesses específicos e não de toda a sociedade.

Uma coisa que todas as ONG’s presentes concordaram é que este é um momento grave e que é necessária uma grande mobilização, e não apenas entre aqueles que atuam na causa ambiental, mas acima de tudo, é hora de levar o debate para toda a sociedade.

Cada cidadão brasiliense ou das cidades do entorno pode e deve cobrar dos deputados distritais e verificar qual a opinião deles sobre as discussões na legislação ambiental.

Particularmente, defendo que o DF precisa de uma lei específica em favor da proteção e uso viável das RPPNs da nossa região.

Como conclusão, o evento Viva a Mata 2010, em São Paulo, me deixou a certeza de que assim como muitas ações estão sendo feitas em favor da Mata Atlântica e Amazônia, podemos fazer mais pelo Cerrado.

Somente por meio de alianças, parcerias e da colaboração mútua entre as ONGs ambientais do DF é que conseguiremos frear o avanço das monoculturas e implantar mais reservas ambientais nos limites do nosso tão combalido bioma.

Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA

25 de maio de 2010

Entrevista com Luiz Kaffa, organizador do Festival REPÚBLICA BLUES

O Festival República Blues – que chega esse ano à sua quarta edição surgiu da dedicação e trabalho árduo do casal Luiz Kaffa (compositor e vocalista da Brazilian Blues Band) e Jussara Menezes. Por meio do Clube do Blues, fundado em 2001 com o propósito de divulgar o estilo, o Festival é considerado hoje um dos maiores e mais respeitados do gênero no Brasil. Nessa entrevista ao jornalista Sandro Neiva, Luiz Kaffa fala sobre o propósito do evento, a atual fase da Brazilian Blues Band e shows internacionais em Brasília.


Saudações Verdes.


ADOLPHO FUÍCA


Em poucos dias Brasília sediará um dos maiores festivais de blues do Brasil, esse ano em sua quarta edição. Além das atrações musicais de peso, quais as novidades para esse ano? Ouvi falar em doação de instrumentos e blues nas escolas. Isso faz parte de uma estratégia de popularização do estilo?

Sim, já que a grande mídia não tem muito interesse por alguns gêneros musicais, como o Blues, o Jazz, a música instrumental e outros, temos que descobrir caminhos para chegar a um número cada vez maior de pessoas. A realização de oficinas e workshops gratuitos, com a doação de intrumentos ligados ao gênero é uma estratégia para essa aproximação. O ambiente escolar também ajuda muito para a divulgação do gênero e oferece educação musical a jovens em uma idade importantíssima, para aqueles que serão os cidadãos plenos de amanhã.


Por que vocês optaram por fazer o festival sem a cobrança de ingressos e num local mais amplo e aberto, ao contrário de anos anteriores?

Tudo está dentro da estratégia de alcançar um número maior de pessoas. O Festival é realizado com o apoio do Ministério da Cultura, com mecanismos legais de incentivo à cultura. Sendo assim, a gratuidade é uma obrigação dos que realizam o Festival República Blues.


Fale sobre as oficinas e workshops. Ainda há vagas?

O workshop de gaita já está lotado, os de guitarra, baixo, técnica vocal e bateria ainda recebem inscrições no site. As oficinas estão sendo realizadas para a comunidade escolar do Guará.


Fale sobre a atual fase da Brazilian Blues Band.

A Brazilian Blues Band está lançando o segundo CD "500 Gramas Blues" e tem recebido convites para tocar em várias cidades, a exemplo de Rio das Ostras (RJ), Dom Pedro II (PI), João Pessoa (PB) e Recife (PE). Estamos felizes por ver nosso trabalho reconhecido fora dos limites de Brasília e região.


O Stanley Jordan tocando com o Armandinho será um duelo de virtuoses com estilos bem diferentes, né...

Acho que quando dois grandes músicos se encontram ocorre uma espécie de simbiose e os caras aproveitam todas as melhores qualidades um do outro. O resultado são sempre lindos espetáculos musicais. As experiências e estilos diversos de cada um contribuem perfeitamente para que esse encontro se realize com ótimos resultados. Imperdível!


Você e a Jussara gostaram das recentes apresentações de B. B. King e Johnnie Winter em Brasília? A cidade entrou definitivamente no circuito de shows internacionais de grande porte? E o preço dos ingressos?

Como amantes do Blues não poderíamos perder por nada estes espetáculos. Foram excelentes, por sinal. Quanto ao preço, é difícil que uma pessoa que ganhe o salário mínimo, por exemplo, vá a um show pelo preço de R$ 250,00. Acho que sempre deve-se usar os mecanismos oficiais de patrocínio para que hajam mais espetáculos dos diversos gêneros ao alcance das pessoas mais humildes.


Espaço aberto para suas últimas considerações.

Bom... estamos na expectativa de mais um Festival e torcemos para que os meios de divulgação colaborem e que mais pessoas venham ver, sentir e ouvir um gênero musical único e secular como o Blues, e que isto se dê como um alimento para suas almas serem mais felizes. Abraço a todos. Espero todos no Gramado da FUNARTE dias 28 e 29 e no Teatro de Arena do Guará dia 30. Vida Longa ao Blues!!!!


Mais informações em

www.festivalrepublicablues.com.br/


Confira o vídeo da Brazilian Blues Band


24 de maio de 2010

Lição de força e compromisso

Antes de se formar em História no ano de 1984, MARINA SILVA enfrentou muitas batalhas para conseguir se educar. Até os 16 anos era praticamente analfabeta.


No vídeo a seguir Marina fala do compromisso radical que tem com a educação e saúde com base em sua própria experiência de vida.


Saudações Verdes!


ADOLPHO FUÍCA


22 de maio de 2010

Dia Internacional da BIODIVERSIDADE


O termo biodiversidade refere-se à variedade de vida existente na Terra. Abrange todas as variedades e espécies de flora, fauna e microorganismos do planeta.

O Cerrado é considerado a mais diversificada savana tropical do mundo, onde o número de espécies vegetais supera 6.000.

Estima-se que aproximadamente 320 mil espécies de peixes, aves, mamíferos, répteis, anfíbios e invertebrados ocorram no Cerrado. Esse valor representa cerca de 30% de tudo o que existe no Brasil.

A Sociedade dos Amigos da Reserva e Parque Ecológico do Guará (SAPEG) está programando para a partir do mês de junho uma extensa lista de atividades (caminhadas, seminários, palestras, festas juninas etc.) com o objetivo mobilizar um maior número de pessoas na defesa de nossa biodiversidade e de nosso Parque Ecológico, que continua sob ameaça de degradação.

A melhor forma de participar é comparecendo aos eventos. Portanto, fale sobre o assunto com outras pessoas de sua família e participe conosco do movimento EM DEFESA DO PARQUE ECOLÓGICO EZECHIAS HERINGER. Ajude você também a respeitar e preservar a biodiversidade do Cerrado, patrimônio de todos nós.

Saudações Verdes

ADOLPHO FUÍCA

21 de maio de 2010

Parque do Guará, patrimônio de todos os brasilienses


É preciso que seja feita com urgência uma grande avaliação da questão ambiental no Distrito Federal, mas de forma muito especial da situação dos parques existentes e que precisam ser cuidados.

Sem dúvida, o governo e a iniciativa privada devem oferecer à população alternativas de habitação. Defendo isso com veemência.

Entretanto defendo também que os planos de habitação sejam elaborados de forma sustentável e justa, sem comprometer o patrimônio ambiental do Distrito Federal, sem comprometer as áreas de proteção de mananciais e os parques ecológicos.



A emenda 285 do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) repassou às 77 famílias de chacareiros os lotes que ocupavam irregularmente dentro do parque, tranformando-os de área de proteção ambiental em área de produção rural.

Mas sejamos sinceros. Falar em produtores rurais é forçar a barra. O que na verdade existe ali é uma invasão desordenada de grileiros, de butecos e até empresas fantasmas. Há também grande concentração de lixo e entulho, além do assoreamento das nascentes.

De forma alguma eu culpo os chacareiros. Eles são apenas fruto e consequência de uma engrenagem montada por sucessivos e desastrosos governos anteriores. A parte mais trágica dessa engrenagem irresponsável reflete-se na fragilidade e ineficiência do sistema de saúde, da rede de ensino, do trânsito e do transporte público; tudo em razão do crescimento desordenado.

Sim, os chacareiros têm todo o direito de condições dignas e garantias de habitação, mas, POR FAVOR, NÃO DENTRO DE UM PARQUE!

Muitos deputados distritais forjam apoio a esses chacareiros mas na verdade estão apenas de olho nos votos e nem um pouco preocupados com a qualidade de vida da população. Vamos ficar atentos à essas aves de rapina da política local.

O fato é que a discussão aqui não é sobre uma invasão qualquer, como as milhares que foram geradas pelo populismo e irresponsabilidade gananciosa de gestões passadas. A questão vai muito além. Trata-se da invasão de um patrimônio natural, patrimônio de todos os brasilienses!

Ainda dispomos de uma qualidade de vida no Distrito Federal superior à de outras Unidades da Federação e temos a obrigação de garantir, para as futuras gerações, uma qualidade de vida igual ou superior à que dispomos hoje.

Há meios de se fazer isso se houver inteligência, responsabilidade das autoridades e participação da sociedade na defesa de seus direitos.

Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA

Matéria do DFTV em 2009, por ocasião dos 40 anos do Guará


20 de maio de 2010

Plano Diretor Local (PDL) distorce urbanística do Guará e piora qualidade de vida dos moradores


Há dois anos a Câmara Legislativa do DF aprovou o Plano Diretor Local (PDL) do Guará, que, na prática, deu legitimidade a uma verdadeira distorção no plano urbanístico original da cidade. As megaconstrutoras dão a tônica da nova arquitetura urbanística, que inclui arranha-céus de até 20 andares na orla do Guará II, sem definir a densidade populacional máxima e sem levar em conta o impacto na infra-estrutura da cidade.

Os estudos de viabilidade técnico-ambientais são duvidosos e o GDF é negligente, deixando a população local desamparada e impotente diante do poder do capital e da especulação imobiliária, que altera para pior a qualidade de vida das pessoas.

É sempre importante lembrar que o Guará está nos limites de área tombada e dentro da Bacia do Paranoá. Isso significa que alterações na cidade podem repercutir negativamente na preservação de Brasília e comprometer os recursos hídricos do DF, principalmente o Lago Paranoá.

Há também uma carência de estudos que comprovem a capacidade da cidade abrigar novos setores. O Guará tem hoje pouco mais de 120 mil habitantes e poderá chegar a mais de 200 mil, que representa um sério risco de inchaço desordenado.

Crescimento não é sinônimo de desenvolvimento e provocará também repercussões negativas no trânsito, além de não garantir a criação de empregos e geração de renda, como anuncia o GDF.

Portanto, mudar a cidade sem planejamento vai gerar problemas de trânsito, de saneamento básico (produção de mais lixo, maior consumo de água e descarga no sistema de esgoto), aumento da violência, sobrecarga do sistema viário, de saúde e outros setores básicos.

E quem é o culpado? A culpa pela redução do nível geral de qualidade de vida no Guará não pode ser atribuída somente às construtoras que alteram a ocupação e a paisagem. A culpa deve ser atribuída principalmente aos deputados distritais que se dizem moradores e filhos do Guará e aprovaram o Plano Diretor Local (PDL) com emendas que hoje estão sendo alvo de uma ação de inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF).

Longa Vida ao Guará!

Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA



19 de maio de 2010

Venha participar do Pedal do Silêncio


Aproximadamente 1.500 ciclistas morrem nas ruas e rodovias brasileiras a cada ano. São mais de três ciclistas por dia, vítimas de um trânsito hostil, violento, dominado pelos veículos automotivos, mesmo sendo a bicicleta o meio de transporte mais sustentável já inventado, portanto merecedor de respeito e consideração.

As ruas do Distrito Federal refletem a mesma triste estatística. Segundo dados do DETRAN/DF nos últimos 14 anos foram 769 ciclistas mortos, o que nos dá uma média de 1,14 ciclista morto por semana, ou seja, durante 14 anos consecutivos a média é a mesma e nada se faz a respeito.

O Pedal do Silêncio é um passeio ciclístico em homenagem a todas as pessoas mortas em acidentes de trânsito enquanto andavam de bicicleta.

O movimento, que teve sua primeira edição na cidade americana de Dallas em 16/05/2003, em homenagem ao ciclista de endurance Larry Schwartz, morto em um acidente com um ônibus meses antes, prevê um passeio silencioso por alguns quilômetros na cidade, com os ciclistas trajando uma camiseta branca e uma faixa preta em algum dos braços. A história e o propósito do evento estão em:

www.rideofsilence.org

Essa será a 8ª edição do evento, que acontece simultaneamente em diversas cidades do planeta. No Brasil, o Pedal do Silêncio já acontece em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Brasília.

No próximo dia 20 de Maio, acontecerá a 2° edição deste evento pacífico aqui na Capital Federal.

A concentração será a partir das 19h e a pedalada as 19:30h.

O local é a Praça das Bicicletas, no cimentão do Museu Nacional.

Pedalando em velocidades de no máximo 20 km/h, os ciclistas usarão camisetas brancas com uma faixa preta amarrada em um dos braços, sem esquecer o capacete.

(O uso do capacete não é obrigatório, mas aconselhado)

É isso aí galera do pedal! Parabéns pela iniciativa!


Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA

18 de maio de 2010

Convenção do PV lança Marina Silva como pré-candidata em clima de música e festa



Uma grande festa marcou o lançamento oficial da pré-candidatura de Marina Silva à Presidência da República, no último domingo (16) em Nova Iguaçu/RJ. O evento contou com a participação dos cantores Gilberto Gil e Adriana Calcanhotto, e do poeta Thiago Mello, além dos pré-candidatos a governador pelo Partido Verde, Fernando Gabeira (RJ) e Fabio Feldmann (SP).

A Pré-Convenção confirmou o nome do empresário Guilherme Leal, presidente da Natura, para compor a chapa presidencial verde.

O empresário Guilherme Leal afirmou:

- Estou me colocando à disposição totalmente da senadora. Foi uma decisão difícil no que diz respeito à vida social, já que isso implica em me afastar das decisões empresariais.

O Presidente Nacional do Partido Verde, José Luis Penna, criticou a disputa eleitoral que se pretende polarizada e afirmou que a candidatura de Marina quebra a lógica que está endo apresentada:

- Nós estamos interrompendo um processo de uma eleição combinada. O PV não vai aceitar que nós sejamos tratados por marqueteiros e por golpistas de publicidade.

O pré-candidato a governador do Rio de Janeiro, Deputado Federal Fernando Gabeira, abordou vários temas ligados às questões do meio-ambiente que afetam diretamente a vida de todas as pessoas. Entre eles, a questão do saneamento básico, que, para ele, é um dos mais graves problemas ambientais que o Brasil enfrenta.

- Este é um fracasso de nossa geração de políticos, pois chegamos ao século 21 com mais de nove milhões de crianças sem saneamento básico, destacou.

O cantor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, claramente emocionado, declarou seu apoio e admiração a Marina:

- A nossa cabocla, decidida e dedicada, com paixão civil profunda e já profundamente comprovada”, disse o artista, que ainda animou os presentes ao cantar a música "Andar com Fé". (Assista ao vídeo)


17 de maio de 2010

Até quando esperar por mais ciclovias no DF?


No Distrito Federal existem mais de 400 mil ciclistas e aproximadamente dois terços deles dependem da bicicleta como meio de transporte para o trabalho.

Somente quem precisa usar a bicicleta diariamente sabe que o ato de pedalar representa também um ato de coragem.

Média macabra: um ciclista morto por semana
Segundo dados do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN/DF), nos últimos 14 anos 769 ciclistas foram mortos, o que dá uma média macabra de 1,14 ciclista morto a cada semana nas ruas do DF. Ou seja, durante 14 anos consecutivos a média é a mesma, e nada se faz a respeito.

A principal barreira para que, efetivamente, a bicicleta passe a ser incorporada e aceita por todos como meio de transporte é a falta de espaço destinado a ela.

Como tornar viável uma malha urbana onde as bicicletas possam circular com rapidez e segurança, contribuindo, inclusive, com o meio ambiente?

Existem ciclovias, mas essas não têm continuidade e são em número reduzido. Em muitos pontos elas começam, mas ao longo do trajeto têm várias interrupções, ou ainda, não levam a lugar algum. O maior desafio é fazer com que as ciclovias sejam úteis para quem vai trabalhar.

Promessas, adiamentos, interrupções e muito pouco de ciclovias
Em 2008, o ex-governador Arruda prometeu, em discurso inflamado, num passeio ciclístico promovido pela ONG Rodas da Paz, que o GDF iria construir 600 quilômetros de ciclovias.

Na época, a promessa foi divulgada em toda a imprensa e recebida com festa por todos os que pedalam. Depois um novo projeto anunciando a construção de 116 quilômetros. Adiamentos, interrupções, conversa fiada e muito pouco de ciclovias.

Quantos ciclistas ainda terão que perder suas vidas até que novas ciclovias sejam construídas no DF? Como diz a canção da Plebe Rude, "Até Quando Esperar"?

Fica aqui um convite às ONGs RODAS DA PAZ, SOCIEDADE DAS BICICLETAS e à quaisquer outras entidades afins no DF, para um encontro no qual possamos traçar alternativas e elaborar propostas de políticas públicas que possam atender à todos aqueles pedalam. Seja um profissional do ciclismo, seja um trabalhador que utiliza a bicicleta como meio de transporte ou mesmo para o lazer, more no Plano Piloto ou não, bike é para todos!

Precisamos debater urgentemenete a cultura da bicicleta, pois a do carro está em vias de saturação.

Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA



14 de maio de 2010

Trânsito no DF: saturação e caos urbano


Mais de 70% dos empregos do Distrito Federal se concentram no Plano Piloto, só ques 80% da população mora fora dele. A malha metroviária alcança poucos bairros, o transporte coletivo é um dos mais caros e deficitários do país e a frota de ônibus é ineficiente.

As ruas largas da capital, a divisão da cidade por setores e as grandes distâncias que separam esses locais são um convite para o uso do carro.

Além disso, há uma maior oferta de crédito para financiamento, o que faz crescer ainda mais o número de carros nas ruas.

Dados do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (Sincofiv-DF) revelam que quase 10 mil novos automóveis chegam às ruas da capital a cada mês.

Brasília tem hoje aproximadamente 1,1 milhão de automóveis para 2,6 milhões de pessoas, umas das mais altas porcentagens de habitantes por carro do país.

Para tantos carros, não há ruas ou estacionamentos que bastem e a cidade que não foi planejada para pedestres começa a entrar em colapso.

Como solução, o governo faz duplicação de vias, constrói mais viadutos e estacionamentos subterrâneos.

Na minha opinião, se você cria mais estacionamentos, na verdade você está facilitando e incentivando o uso do transporte individual. O resultado? Saturação e caos urbano.

O uso do automóvel não resolve o problema da locomoção. O caminho é melhorar o transporte público e desencorajar o uso do carro com ações simples como por exemplo, O USO DA BICICLETA, até mesmo como alternativa para uma vida mais saudável.

Mas os problemas para os ciclistas são muitos. A falta de ciclovias, o desrespeito dos motoristas e até mesmo o preconceito.

Na semana que vem discutiremos aqui no blog os cuidados necessários, as vantagens e os problemas enfrentados por quem opta pelo uso da bicicleta como meio de transporte.

Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA

13 de maio de 2010

As ONGs de atividade nebulosa e os novos rumos para o Distrito Federal



Quando decidi a apoiar politicamente a candidatura Marina Silva, o fiz na esperança que ela leve em conta alguns pontos básicos. PRIMEIRO: a necessidade de não ficar refém do GDF nem do Eixo Rio/São Paulo/Amazônia, sendo sensível também para com o nosso Cerrado. SEGUNDO: que dialogue conosco, habitantes de Brasília, e que ouça nossas avaliações sobre atos cometidos por gestões anteriores. TERCEIRO: que seu governo não se torne refém das entidades do chamado "terceiro setor", as Organizações Não Governamentais (ONGs) – que em parte, são apócrifas (para não dizer picaretas) e proliferam aos montes nas altas rodas de Brasília.

Pessoalmente, estou convencido de que nesta campanha eleitoral de 2010 devemos ser positivos e propositivos, e não tomar a linha do ataque gratuito a pessoas ou candidatos, o que afasta eleitores.

ONGs sérias e ONGs nebulosas
Penso que o nosso campo vai se expandir se pautarmos uma conduta de enfrentamento estratégico, analisando com sobriedade os erros cometidos na gestões anteriores, que desprezaram os cuidados com o meio ambiente e financiaram ONGs de atividade nebulosa.

Em um país cheio de desigualdades e carências como o Brasil, é até positivo que existam ONGs e entidades SÉRIAS ligadas a atividades sociais ou ambientais. Uma entidade não governamental SÉRIA realmente tem melhores condições de conhecer as necessidades de seus atendidos do que a maioria dos deputados e burocratas em Brasília.

Muitas ONGs nasceram da indignação de determinadas pessoas com o que viam à sua volta. E resolveram agir. Daí a importância. Mas a verdade é que há algo de muito podre no reino de algumas dessas entidades.

Novos rumos
Precisamos trilhar por novos caminhos e não cair na arapuca de alianças com impostores inimigos do povo e políticas socioambientais que só nos levaram para o poço escuro da corrupção e do atraso.

Devemos sim, execrar e repudiar a corrupção, mas também não podemos deixar para segundo plano questões vitais como o desmatamento desenfreado, a contínua degradação do Cerrado pela urbanização descontrolada, os alimentos contaminados pelo uso dos agrotóxicos, a poluição dos rios com esgotos e efluentes industriais, a canalização de córregos, a proteção aos parques ecológicos etc.

Seguir novos rumos é seguir estratégias pautadas em sintonia com os interesses dos habitantes do Distrito Federal.

Saudações Verdes!

Adolpho Fuíca

12 de maio de 2010

Inauguração de ORQUIDÁRIO no Parque Ecológico EZECHIAS HERINGER do Guará


A inauguração do Orquidário no PARQUE EZECHIAS HERINGER, no Guará, aconteceu no dia 30 de abril com a presença de várias lideranças locais e muito ativismo cultural, ambiental e esportivo. A senhora Jude Heringer fez o descerramento da placa na pedra fundamental, que marca simbolicamente o local onde será erguido o Museu e Centro de Pesquisa e Educação Ambiental Dr. Ezechias Heringer.

O Orquidário foi batizado com o nome de Barjoot Mirrat Heringer, que está hoje com 93 anos. Houve também o lançamento do Cartaz Comemorativo de 50 anos de Brasília oferecido pelo Orquidário Nacional do IBAMA, além de apresentações musicais, poesia, rapel com o pessoal dos Calangos do Cerrado e uma exposição de orquídeas.

No final do mês de maio serão lançados a Cartilha, o Folder e o Calendário de Mesa sobre o Parque e a saga do visionário e naturalista Dr. Ezechias Heringer.

Em breve será divulgada a programação completa do evento, que incluirá passeio ciclístico, mountain bike, música, lual, etc. Fique atento!

Ações práticas
Este é o momento para que as ações de implantação do Parque saiam do papel e se estabeleçam na prática. Por isso é muito importante o apoio da comunidade.

É preciso que haja fiscalização e ajustamento de conduta para todos os invasores do Parque do Guará, adequando ao mínimo a ocupação dentro desta reserva ambiental.

Somente com a força e o peso da opinião popular local é que poderemos conquistar no futuro trilhas interpretativas com pontes, tablados, passarelas, mirantes, pista de corrida e ciclovia, duchas, placas educativas e de proteção, mesas e bancos para áreas de descanso e para lanches, além de portais de entrada em várias áreas do Parque.

Venha você também conhecer e participar desta reação pacífica e de direito da comunidade! Venha passear no que resta de verde no nosso Guará!

Traga sua família, seu grupo, sua turma ao PARQUE EZECHIAS HERINGER.

Aos executivos da iniciativa privada fica o recado: mostrem sua contribuição à nossa qualidade de vida!

SAUDAÇÕES VERDES!

Adolpho Fuíca


11 de maio de 2010

Democracia Participativa e NÃO aos Apagões!


O sistema político brasileiro é conformado para a utilização dos cidadãos como massa de manobra. Não temos a tradição da democracia participativa descentralizada. Vivemos sob as amarras e limitações do modelo representativo oligárquico e centralizador. Isso precisa e pode mudar.

O eleitorado que simpatiza com as idéias da pré-candidata Marina Silva é em sua maioria culto e muito exigente. Ela terá que garantir que devolverá o poder de decisão aos cidadãos, protegendo-o da má-influência e domínio da União sobre os estados, dos estados sobre os municípios e dos municípios sobre seus cidadãos. Mas se Marina Silva quiser o voto do eleitor da Capital do país, ela também deverá protegê-lo da má-influência e domínio do GDF. O que isso significa? Isso significa que ela deverá se comprometer publicamente com uma reforma política descentralizadora abrangente.


De modo geral ela o tem feito de forma brilhante e transparente. Somente Marina Silva, entre os presidenciáveis, teve coragem suficiente para vir a público e dizer claramente que é contra a construção da mega barragem em Belo Monte e a favor de alternativas energéticas menos impactantes e descentralizadas.

No âmbito do Distrito Federal, precisamos também de uma postura forte, decidida e clara na busca de novas alternativas no que se refere à distribuição de energia elétrica.

Apagões
O ano de 2010 tem sido crítico para os brasilienses no que diz respeito à energia elétrica. Em dias de chuva ou de sol, apagões tornaram-se rotina no Plano Piloto, causando transtornos e prejuízos terríveis.

Segundo matéria publicada no jornal Correio Braziliense, a Companhia Energética de Brasília (CEB) é apontada pelo Ministério de Minas e Energia como uma das piores empresas de fornecimento de energia elétrica do país.

Multas
De 2002 até o ano passado, a CEB foi autuada 17 vezes pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), totalizando R$ 42,1 milhões em multas. 

Um dos erros de estratégia apontados para os frequentes blecautes nas redes da CEB foi a falta de investimentos em distribuição. Nos últimos anos, a empresa privilegiou aportes em unidades geradoras de energia elétrica, a exemplo de Corumbá 4, em Goiás.

Pressionada pelo Ministério Público, a Aneel iniciou o processo de fiscalização na CEB para apurar as causas dos últimos blecautes ocorridos no DF. Somente em 2009, a CEB foi condenada ao pagamento de R$ 16,6 milhões em multas. Uma das principais causas das penalidades foi o descumprimento dos índices de duração e a frequência de interrupções de fornecimento de energia elétrica estipulada pela Aneel.Também foram detectadas falhas de manutenção nas subestações e equipamentos ultrapassados nas unidades de distribuição da companhia. 


Alheios aos apagões e cortes abruptos de energia que desencadeiam prejuízos financeiros nos setores de indústria/comércio e causam transtorno geral da população, os acionistas-donos da CEB receberão R$ 9,2 milhões de dividendos, equivalentes a 25% do lucro total obtido no ano passado.

Só quem não lucra é a população, que em pleno século 21 continua valendo-se de fósforos e velas para enfrentar os apagões e quedas de energia cada vez mais comuns.

Um abraço a todos.

Adolpho Fuíca


10 de maio de 2010

Dialética por dias melhores


Acredito que pelo fato de não estarem atrelados aos grandes grupos de comunicação e publicidade, os BLOGUES representem no mundo de hoje um espaço fundamental para reaproximar as pessoas do debate político e criar um ambiente favorável ao surgimento de ideias orgânicas e criação de novos modelos de políticas públicas.

A transparência das informações e a democratização dos meios de comunicação são elementos básicos na busca desse processo.

A candidatura de Marina Siva é a melhor oportunidade para mergulharmos nesse debate. Trata-se de um outro universo político, longe dos convencionalismos, da caretice e do fedor que caracterizam a política brasileira contemporânea.

O desafio é mostrar que existe vida inteligente, debate sério e saudável, para que muitos outros se interessem e possam participar.

Percebo uma forte descrença das pessoas em relação às campanhas políticas, seja ela nacional, estadual ou regional. Essa desmotivação é principalmente ligada aos escândalos associados ao uso da máquina de maneira corrupta por grande parte de candidatos e/ou partidos.

Por um lado, o povo massacrado deve ter seus direitos legitimados e por outro lado, indago o nosso papel social e transformador, tão apagado nas mentes intelectuais de hoje. E a questão do meio ambiente é a base para a transformação, em uma dialética por dias melhores.

É por meio de um debate saudável que poderemos chegar a uma sociedade mais humana e mais digna.

Saudações ambientais!

Adolpho Fuíca




7 de maio de 2010

Ética, Preparo e “Ficha Limpa”


A cada dia fica mais evidente para todos o fato de que Marina Silva representa hoje o que há de
mais novo no cenário da política brasileira e mundial.

Ontem, quinta-feira (06), durante o 27º Congresso Mineiro de Municípios, realizado em Belo Horizonte, aconteceu o primeiro debate direto entre os três principais pré-candidatos à Presidência da República nas eleições desse ano. O público mostrou-se desconfiado em relação a José Serra, enquanto Dilma Roussef foi vaiada em alto e bom som. A candidata do Partido Verde (PV) Marina Silva arrancou aplausos calorosos quando defendeu que os partidos políticos discutam o futuro do país a partir de uma “ética dos valores”, e não de uma “ética das circunstâncias”.

E ela está absolutamente correta. Penso que a pior das crises, talvez pior que a crise econômica mundial, é a crise moral, a crise de valores éticos no campo da política atual.

Ficha Suja
Caso a Lei da “Ficha Limpa” estivesse em vigor nas eleições deste ano, mais de 40% dos deputados da Câmara – ou 203 dos 513 – deveriam ter seus nomes incluídos na lista daqueles que teriam suas candidatures rejeitadas.

O PTB tem o maior número de parlamentares que são réus na Justiça: nas esferas estadual e federal, 46% são citados. O PMDB - partido com o maior número de parlamentares no Brasil -, tem 39% dos seus 354 representantes enrolados em processos na Justiça.

Apresentado no ano passado por iniciativa popular com mais de um milhão e seicentas mil assinaturas, o projeto original da Lei da “Ficha Limpa” propunha a inelegibilidade para os condenados.

Manobra
O texto vem sendo discutido há meses e na última quarta-feira (05/05) a Câmara dos Deputados adiou o fim da votação.

Depois de concluído na Câmara, o projeto ainda tem que ser votado pelo Senado.

Na prática, o adiamento não passa de uma manobra para que as mudanças não entrem em vigor neste ano.

A equação é simples: por que os parlamentares se empenhariam em desenrolar um projeto no qual eles seriam os principais afetados?

Na condição de pré-candidato a uma vaga como deputado distrital pelo Partido Verde (PV), eu, ADOLPHO FUÍCA, considero que o apoio à senadora Marina Silva na campanha presidencial deve
ser construído na medida em que candidatos de “Ficha Limpa” e bem
preparados mostrem suas caras.

Ficha Limpa
Por isso, mostro minha cara sem medo. Acredito que é dessa forma que vão-se construindo os marcos referenciais de nossa campanha: ética, valores, objetivos, metas, visões estratégicas, conceitos, pessoas e “Ficha Limpa”.

Assim como a senadora Marina Silva, eu defendo valores humanos na política, porque estou certo de que vem daí sua reputação internacional crescente, o que não se pode dizer dos outros
candidatos, que representam "o velho modelo", o modelo de aceleração
do crescimento a qualquer custo, o modelo este que está destruindo o mundo.

Um abraço.

Adolpho Fuíca




6 de maio de 2010

Em defesa do Parque Ecológico do Guará


O Parque Ecológico Ezechias Heringer, mais conhecido como PARQUE DO GUARÁ, está localizado na QE 23, Área Especial do Guará II, ao lado do SESI e possui área de 306,44 hectares – um patrimônio de todos os cidadãos, a 12 quilômetros da Rodoviária do Plano Piloto, que vive sob constante ameaça. O local acumula problemas de ocupação irregular, invasão e degradação ambiental.

De acordo com o Relatório de Unidades de Conservação e Áreas Protegidas do Distrito Federal e do Plano Diretor do Parque do Guará, o local é frequentado desde a década de 1960. Após muita luta pela legitimação de áreas exclusivas do Parque, foi publicada a Lei n° 1826, de 13 de janeiro de 1998, que criou oficialmente o Parque Ecológico Ezechias Heringer, em homenagem ao pesquisador que identificou muitas espécies de orquídeas em todo o território do DF.

Riqueza da Fauna e Flora
Dentro da área do Parque passa um trecho do Córrego do Guará, com presença de mata ciliar em ambas as margens e áreas adjacentes. Já foram encontradas 51 espécies de árvores na região, 72 variedades de orquídeas e 59 tipos diferentes de arbustos e ervas. Dentre as espécies arbóreas na mata de galeria encontramos o Podocarpus Brasiliensis, pequeno pinheiro que ocorre em áreas alagadas, uma espécie rara e ameaçada de extinção.

Segundo estudos técnicos do IBRAM, a mata é importante pela sua diversidade florística e pela sua atuação como corredor ecológico para a fauna entre duas Unidades de Conservação vizinhas ao Parque: a Reserva Ecológica do Guará e o Santuário de Vida Silvestre do Riacho Fundo.

Desafios e Ações
Para nós, da Sociedade de Amigos e Protetores do Parque e Reserva Biológica do Guará (SAPEG), é um grande desafio despertar na comunidade local a importância da preservação de seu próprio meio ambiente, de valorizar e respeitar a beleza e a biodiversidade do Parque.

Já está em fase de conclusão um orquidário, que reúne exemplares e mudas de orquídeas do cerrado, principalmente as que existem ou existiam no Parque do Guará e representavam 30% de todas orquídeas do Distrito Federal. Mas, com a ocupação irregular e as coletas ilegais, não podemos mais afirmar que elas ainda existem. É um crime ambiental previsto em lei a retirada da flora nativa. Este patrimônio natural é de todos nós e tem que ser preservado no local de origem. As duas quadras poliesportivas foram pintadas e ganharam iluminação para a prática de esportes noturnos.


Também estão em fase de finalização uma cartilha, um folder explicativo e um calendário de mesa sobre o Parque e a saga do visionário naturalista Dr. Ezechias Heringer. O trabalho está sendo coordenado pela Sociedade de Amigos e Protetores do Parque e Reserva Biológica do Guará (SAPEG), pela Empresa Geológica e está sendo acompanhado de perto pela família Heringer.

Este material servirá tanto para as ações de Educação Ambiental, como para divulgar os atributos do parque e dos trabalhos científicos deste importante Botânico para o nosso DF.

Estamos dando continuidade nas parcerias com o Orquidário Nacional do IBAMA e com o Jardim Botânico de Brasília, que terão papel importante no treinamento dos monitores responsáveis pelo orquidário.

Além destas ações, estamos acompanhando a finalização do Plano de Manejo, que poderá ter apoio da iniciativa privada para sua implantação, como: trilhas interpretativas com pontes, tablados, passarelas, mirantes, pista de corrida e ciclovia, duchas, placas educativas e de proteção, mesas e bancos para áreas de descanso e para lanches, além de portais de entrada em várias áreas do Parque.

O Parque é de Todos
É importante que você procure visitar o Parque, traga sua família, venha passear no que resta de verde no nosso Guará. Pois estes Deputados Distritais que foram contra o meio ambiente e nossa qualidade de vida estão calados. Ao derrubarem o veto do PDOT, fixando e ampliando as áreas dos chacareiros, estão em contrário à vida e ao direito de todos a um ambiente saudável.

Assim, volto a lembrá-los de quem são estes Deputados Distritais (veja fotos e os nomes deles em www.sosparqueecologicodoguara.blogspot.com). Não podemos perdoá-los ou esquecê-los. Chegou a hora de darmos uma resposta a eles e aos especuladores de plantão, que só pensam no enriquecimento a qualquer custo, sem pensar nas futuras gerações!

Venha você também conhecer, visitar e ser um guardião do Parque do Guará!

SAUDAÇÕES VERDES!

Adolpho Fuíca