13 de maio de 2010

As ONGs de atividade nebulosa e os novos rumos para o Distrito Federal



Quando decidi a apoiar politicamente a candidatura Marina Silva, o fiz na esperança que ela leve em conta alguns pontos básicos. PRIMEIRO: a necessidade de não ficar refém do GDF nem do Eixo Rio/São Paulo/Amazônia, sendo sensível também para com o nosso Cerrado. SEGUNDO: que dialogue conosco, habitantes de Brasília, e que ouça nossas avaliações sobre atos cometidos por gestões anteriores. TERCEIRO: que seu governo não se torne refém das entidades do chamado "terceiro setor", as Organizações Não Governamentais (ONGs) – que em parte, são apócrifas (para não dizer picaretas) e proliferam aos montes nas altas rodas de Brasília.

Pessoalmente, estou convencido de que nesta campanha eleitoral de 2010 devemos ser positivos e propositivos, e não tomar a linha do ataque gratuito a pessoas ou candidatos, o que afasta eleitores.

ONGs sérias e ONGs nebulosas
Penso que o nosso campo vai se expandir se pautarmos uma conduta de enfrentamento estratégico, analisando com sobriedade os erros cometidos na gestões anteriores, que desprezaram os cuidados com o meio ambiente e financiaram ONGs de atividade nebulosa.

Em um país cheio de desigualdades e carências como o Brasil, é até positivo que existam ONGs e entidades SÉRIAS ligadas a atividades sociais ou ambientais. Uma entidade não governamental SÉRIA realmente tem melhores condições de conhecer as necessidades de seus atendidos do que a maioria dos deputados e burocratas em Brasília.

Muitas ONGs nasceram da indignação de determinadas pessoas com o que viam à sua volta. E resolveram agir. Daí a importância. Mas a verdade é que há algo de muito podre no reino de algumas dessas entidades.

Novos rumos
Precisamos trilhar por novos caminhos e não cair na arapuca de alianças com impostores inimigos do povo e políticas socioambientais que só nos levaram para o poço escuro da corrupção e do atraso.

Devemos sim, execrar e repudiar a corrupção, mas também não podemos deixar para segundo plano questões vitais como o desmatamento desenfreado, a contínua degradação do Cerrado pela urbanização descontrolada, os alimentos contaminados pelo uso dos agrotóxicos, a poluição dos rios com esgotos e efluentes industriais, a canalização de córregos, a proteção aos parques ecológicos etc.

Seguir novos rumos é seguir estratégias pautadas em sintonia com os interesses dos habitantes do Distrito Federal.

Saudações Verdes!

Adolpho Fuíca

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