17 de maio de 2010

Até quando esperar por mais ciclovias no DF?


No Distrito Federal existem mais de 400 mil ciclistas e aproximadamente dois terços deles dependem da bicicleta como meio de transporte para o trabalho.

Somente quem precisa usar a bicicleta diariamente sabe que o ato de pedalar representa também um ato de coragem.

Média macabra: um ciclista morto por semana
Segundo dados do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (DETRAN/DF), nos últimos 14 anos 769 ciclistas foram mortos, o que dá uma média macabra de 1,14 ciclista morto a cada semana nas ruas do DF. Ou seja, durante 14 anos consecutivos a média é a mesma, e nada se faz a respeito.

A principal barreira para que, efetivamente, a bicicleta passe a ser incorporada e aceita por todos como meio de transporte é a falta de espaço destinado a ela.

Como tornar viável uma malha urbana onde as bicicletas possam circular com rapidez e segurança, contribuindo, inclusive, com o meio ambiente?

Existem ciclovias, mas essas não têm continuidade e são em número reduzido. Em muitos pontos elas começam, mas ao longo do trajeto têm várias interrupções, ou ainda, não levam a lugar algum. O maior desafio é fazer com que as ciclovias sejam úteis para quem vai trabalhar.

Promessas, adiamentos, interrupções e muito pouco de ciclovias
Em 2008, o ex-governador Arruda prometeu, em discurso inflamado, num passeio ciclístico promovido pela ONG Rodas da Paz, que o GDF iria construir 600 quilômetros de ciclovias.

Na época, a promessa foi divulgada em toda a imprensa e recebida com festa por todos os que pedalam. Depois um novo projeto anunciando a construção de 116 quilômetros. Adiamentos, interrupções, conversa fiada e muito pouco de ciclovias.

Quantos ciclistas ainda terão que perder suas vidas até que novas ciclovias sejam construídas no DF? Como diz a canção da Plebe Rude, "Até Quando Esperar"?

Fica aqui um convite às ONGs RODAS DA PAZ, SOCIEDADE DAS BICICLETAS e à quaisquer outras entidades afins no DF, para um encontro no qual possamos traçar alternativas e elaborar propostas de políticas públicas que possam atender à todos aqueles pedalam. Seja um profissional do ciclismo, seja um trabalhador que utiliza a bicicleta como meio de transporte ou mesmo para o lazer, more no Plano Piloto ou não, bike é para todos!

Precisamos debater urgentemenete a cultura da bicicleta, pois a do carro está em vias de saturação.

Saudações Verdes!

ADOLPHO FUÍCA



Um comentário:

  1. A situação é realmente crítica e existem leis no DF que apenas incentivam mas não determinam nada efetivo com relação a prazos e responsabilidades.
    É realmente aventureiro pedalar nas ruas do DF.
    Veja esse vídeo gravado essa semana na acostamento ciclável do Lago Sul: http://www.youtube.com/watch?v=LIy-_ho_TB4
    Um absurdo.

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