21 de setembro de 2011

Vaga por vagas: trocando um carro por 12 bicicletas


Vaga ao longo do passeio: 6 x 2,1m. Um carro ou 12 bicicletas. Ilustrações: Raul Bueno

Automóveis nas cidades têm dois grandes problemas: o primeiro é a poluição que causam. Este talvez possa ser sanado por carros 100% elétricos como o Nissan Leaf ou o Tesla. O outro problema pode ser respondido por qual qualquer iniciado em urbanismo: carros ocupam espaço nas ruas e construções.

Inspirado pelo PARK(ing) Day, na última sexta-feira, 16 de setembro, segue uma sugestão para facilitar a vida de quem anda de bicicleta e reduzir um pouco a prevalência do carro no uso do espaço público. Afinal, bicicletas e automóveis competem por vagas. No entanto, no espaço de uma vaga de automóvel — de 6 metros de comprimento por 2,1 metros de largura — cabem 12 magrelas.

No Rio de Janeiro é proibido prender bicicletas ao mobiliário urbano (veja o vídeo no final). Então o que fazer?

Este urbanista (e ciclista) que vos escreve acha que seria revolucionário demais, pelo menos no momento, substituir de cara as preciosas vagas dos motoristas por bicicletários. Então, pensei em um projeto de vaga com uso flexível: pode ser usada por um automóvel ou, como alternativa, por 6 bicicletas e 4 lambretas. Siga as ilustrações para entender o projeto.

Me parece uma boa idéia. Alguma autoridade responsável pelo pelo trânsito se habilita?

Apoiado deste modo sobre o passeio, o bicicletário não atrapalha o fluxo de pedestres e não impede a vaga de ser usada por um automóvel, caso não esteja ocupada por bicicletas.

Quando não há carro, ½ dúzia de bicicletas e quatro lambretas.

Quando um carro ocupa a vaga, os bicicletários não impedem que as suas portas abram. Nada como convivência pacífica.

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Vídeo: Rio de Janeiro: PARK(ing) Day 2011, debate e festa

Raul Bueno mora no Rio de janeiro e é um ciclista inveterado. Além disso é Arquiteto Urbanista, trabalha na Defournier & Associados e leciona no Bennett e na FAU-UFRJ.


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