15 de julho de 2010

Ibama proíbe próprios fiscais de embargarem obras

Em plena corrida eleitoral, foi publicada na edição desta terça-feira (13/07/2010) do Diário Oficial da União, a Portaria número 17 do IBAMA, regulando os procedimentos de embargo de obras e atividades de interesse público. A partir de agora, ao menos que fique comprovado um dano ambiental relevante ou risco à saúde pública, nenhum fiscal do Ibama poderá interromper o funcionamento de instalações que tenham cometido infrações administrativas. Ou seja, a não ser que tenha cometido crime ambiental, uma estrada, porto, hidrelétrica sem licenciamento poderá continuar funcionando. Mais do que isso, mesmo que se decida pelo embargo após comprovado dano ambiental ou risco à saúde, o embargo só pode ocorrer se aprovado pelo presidente do órgão.


A Portaria ocorre após uma semana turbulenta dentro do Ibama com fiscais sendo desautorizados publicamente pelo embargo do Porto de Santos, o maior da América Latina. Na terça-feira passada, uma nota oficial do órgão afirmou que três fiscais que haviam decidido pelo embargo do Porto de Santos não estavam autorizados a fazê-lo e que portanto a restrição não era válida.


A nota diz que a interdição que durou apenas três horas "...foi resultado de iniciativa isolada de um grupo de três fiscais que seguiam ordem do chefe de fiscalização do Ibama em São Paulo, sem que houvesse conhecimento da Superintendência do instituto ou da Diretoria de Proteção Ambiental, responsável nacionalmente pelas operações de fiscalização dessa autarquia. Portanto, a interdição temporária não foi uma ação institucional do Ibama."


No mesmo dia, entretanto, uma operação no Paraná paralisou os portos de Paranaguá e Antonina, pois eles não tinham cumprido termos de ajustamento de conduta sobre o licenciamento ambiental de suas atividades. A fiscalização aplicou multa de R$ 4,8 milhões por falta da devida Licença de Operação, informou o Ibama.


Consultores jurídicos prevêem que o Ibama está criando dificuldades legais para si próprio, pois a definição de atividades de interesse público geralmente são controversas.


Por que será que a maioria das ONGs ambientalistas não manifestam descontentamento e repúdio numa situação dessas? Seria medo de perder o apadrinhamento do “pai dos pobres” e sua candidata de plástico? Medo de perder benesses e sofrer represálias?


Saudações Verdes!


ADOLPHO FUÍCA - 43043 - O Distrital da Marina Silva

fonte: www.oeco.com.br


Um comentário:

  1. Excelente oportunidade para a Marina Silva botar a boca no Trombone!!!! Por que ela ainda não se manifestou????
    Sandro Neiva

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