19 de setembro de 2012

Poluentes deixam ar do DF irrespirável





O ar no Distrito Federal está muito poluído. É o que  aponta o resultado do monitoramento da qualidade do ar realizado pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). De acordo com os dados, o centro de Taguatinga e a Fercal, em Sobradinho,  apresentaram as concentrações mais elevadas de partículas totais em suspensão, ou seja, o ar nestes locais foi classificado como inadequado e péssimo, respectivamente. A avaliação também foi feita na Rodoviária do Plano Piloto e no Setor Comercial Sul e os índices de poluição aferidos foram altos.


O subsecretário de Saúde Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal (Semarh), Luiz Maran hão, reconhece que a população tem corrido riscos. “Sabe-se que toda a população pode apresentar manifestações de doenças respiratórias e também cardiovasculares. Inclusive, com o aumento de mortalidade infantil, aborto espontâneo e  alergias”, destaca.


 Fábrica de cimento


Para se ter uma ideia, a classificação indicativa avaliada como boa apresenta um Índice de Qualidade do Ar (IQAr),  de 0 a 50. Na Fercal, próximo às fábricas de cimento, este valor chegou a 1.800.  A concentração média obtida é do período de janeiro a setembro deste ano. “É importante ressaltar que o processo de fabricação do cimento é altamente impactante e lança na atmosfera grandes quantidades de poluentes, principalmente os materiais particulados”, observa o subsecretario.


Entretanto, a ocorrência na região não é de hoje. “Em 2011, fechamos uma das fábricas, mas ela se comprometeu em oferecer melhorias. Agora, pretendemos reavaliar a situação. Vamos identificar as causas, como as chaminés e os caminhões, por exemplo”, garante Maranhão. A Secretaria do Meio Ambiente alegou estar fazendo reuniões com as empresas e com o Hospital Regional de Sobradinho. “Queremos identificar as queixas dos cidadãos quanto à ocorrência de doenças e cobrar providências destas fábricas”, aponta.


Segundo lugar no ranking de péssima qualidade do ar, Taguatinga tem seu quadro agravado. No ano passado, ela estava na terceira posição, dentre as cinco áreas monitoradas. “A situação ficou pior na região, acho que é por conta do clima seco. E, principalmente, pela quantidade de veículos que circulam na avenida central”, informa Maranhão. A situação geral revela que as pessoas mais suscetíveis às doenças, podem ter seus quadros agravados. O índice de qualidade ficou em 300.

Fonte: Jornal de Brasília

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