31 de outubro de 2011

Revista Época diz que governador de Brasília é suspeito de se ter beneficiado de fraudes



Brasília - A revista Época publica, na sua última edição, denúncias contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queroz, do Partido dos Trabalhadores. De acordo com a revista, o governador de Brasília é suspeito de se ter beneficiado de fraudes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo a publicação, irá receber um processo com nove volumes e quatro apensos, que corre na 10ª Vara Federal, em Brasília.

O conjunto contém gravações, dados fiscais e bancários, perícias contábeis e relatórios de investigação e inclui o relatório nº 45/2010, que contém os diálogos captados em interceptações telefônicas, com autorização judicial, feitas entre 25 de fevereiro e 11 de março do ano passado.

Segundo a Época, as conversas mostram uma frenética movimentação de Agnelo Queiroz e do policial militar João Dias - autor das denúncias que levaram à demissão do ex-ministro do Esporte Orlando Silva - para se defender em um processo. Nas conversas, Dias quer ajuda para acobertar desvios de conduta e de dinheiro público. Ele busca documentos e notas fiscais para compor sua defesa em uma ação cível pública movida pelo Ministério Público Federal. O MPF cobra de Dias a devolução aos cofres públicos de R$ 3,2 milhões, em valores atualizados, desviados do Ministério do Esporte.

Segundo o site G1, "com a queda de Orlando Silva, o foco se transfere para o governador Agnelo Queiroz, contra quem existem suspeitas ainda mais consistentes".

Os principais interlocutores nas conversas gravadas pela polícia são João Dias, Agnelo Queiroz, o advogado Michael de Farias (defensor do policial) e o professor Roldão Sales de Lima, então diretor da regional de ensino de Sobradinho, cidade-satélite de Brasília onde atuavam as duas ONGs de João Dias. Era com Lima que Dias tratava do cadastro das crianças carentes que deveriam ser beneficiadas pelo programa Segundo Tempo. Na ação cível há a acusação de que as ONGs de João Dias receberam recursos para fornecer lanches para 10 mil crianças, mas só atenderam, de forma precária, 160.

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