Motor a diesel movido a óleo vegetal: uma idéia do passado pode ser a resposta para o futuro
Fonte: O Eco
Você acha que o óleo vegetal depois de usado não tem mais utilidade? Não sabe como descartá-lo e acaba juntando potes de óleo usados ou até mesmo jogando no ralo e poluindo os cursos d’água? Pois saiba que ele pode virar um ótimo combustível para o seu carro, barato e pouco poluente, além de deixá-lo livre das idas recorrentes ao posto de gasolina.
No Rio Grande do Sul, o ecologista Paulo Roberto Lenhardt foi o primeiro a instalar um sistema que permite ao motor a diesel funcionar com óleo vegetal. Desde ANO, ele passou a reciclar o óleo vegetal utilizado e adaptou a sua S10, motor MWM 2.8 turbo, para funcionar também com esse produto que seria descartado.
“Na verdade a questão do uso do óleo vegetal como combustível é muito antiga, eu não inventei nada. O motor a diesel foi apresentado em 1910 com a finalidade de utilizar o óleo vegetal. Como era um combustível de baixo custo, com possibilidade de cada pessoa ser auto-suficiente, desafiou a indústria do petróleo, que se sentiu ameaçada e reagiu, criando a necessidade do uso do óleo diesel”, explica.
No Rio Grande do Sul, o ecologista Paulo Roberto Lenhardt foi o primeiro a instalar um sistema que permite ao motor a diesel funcionar com óleo vegetal. Desde ANO, ele passou a reciclar o óleo vegetal utilizado e adaptou a sua S10, motor MWM 2.8 turbo, para funcionar também com esse produto que seria descartado.
“Na verdade a questão do uso do óleo vegetal como combustível é muito antiga, eu não inventei nada. O motor a diesel foi apresentado em 1910 com a finalidade de utilizar o óleo vegetal. Como era um combustível de baixo custo, com possibilidade de cada pessoa ser auto-suficiente, desafiou a indústria do petróleo, que se sentiu ameaçada e reagiu, criando a necessidade do uso do óleo diesel”, explica.
Membro do Instituto Morro da Cutia de Agroecologia, Lenhardt viajou o mundo buscando exemplos de uso de óleo vegetal nos automóveis. Essa ideia está ligada aos princípios do Instituto, que é promover o desenvolvimento rural sustentável, por meio da agroecologia, do comércio ético, justo e solidário e da educação ambiental, atuando regional, nacional e internacionalmente.
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Da frigideira para o tanque
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A partir dessa lógica, veio a ideia de substituir o uso do combustível fóssil e poluente por um combustível sustentável. Paulo ressalta que atualmente, com a questão das mudanças climáticas e o desenvolvimento sustentável, o óleo vegetal seria uma saída ambientalmente correta. No entanto, “a indústria do petróleo não quer perder o poder e, por isso, criou o biodiesel”, argumenta o ecologista.
Combustível na estrada
Entrevista com Felipe Viana da ONG Econsciência |
Felipe Viana, da ONG Econsciência, passou a utilizar o kit desenvolvido por Lenhardt em seu automóvel, uma Rural com motor a diesel de F1000. “Ando de 8 a 10 km com um litro de diesel, até o motor esquentar, depois o sistema troca para o óleo vegetal e eu posso ir para qualquer lugar com esse biocombustível. O consumo é próximo a quilometragem que faz usando o diesel, mas já aconteceu casos de ficar mais econômico com o óleo de cozinha”, conta.
Entre os benefícios dessa troca de combustível, os ambientalistas destacam a redução em 75% de emissão de gases estufa, se comparado aos combustíveis fósseis. A disponibilidade de óleos vegetais no Brasil também é outro ponto positivo. Lenhardt afirma que só contando com a quantidade disponível no país de óleo de dendê, poderíamos ter a riqueza equivalente a da Arábia Saudita em reserva de combustível. Assim, ele garante que “usar o óleo vegetal é a estratégia mais inteligente que a natureza inventou para gerar energia”.
Outro benefício é a possibilidade de auto-suficiência de cada cidadão com o seu próprio óleo. Atualmente, em Porto Alegre, do total de óleo vendido, 75% é para uso doméstico e 25% para restaurantes. Dessa quantidade de uso doméstico, só 5% do total é recolhida na capital gaúcha, o que indica que há muito biocombustível sendo desperdiçado e descartado em locais impróprios, como ralos de pia, vaso sanitário, no solo.
Outro ponto a favor desse biocombustível é que ele lubrifica mais o motor, o que tende a aumentar a vida útil dele, inclusive dificultando que a bomba injetora fique entupida. “Meu carro já tem 250 mil km e, desde os 64 mil km, ele funciona a óleo vegetal. Já fui até Brasília, Goiás e Bahia assim. Sabe-se de carros, na Alemanha, que chegaram a 1 milhão de km rodados”, conta Lenhardt.
Entre os benefícios dessa troca de combustível, os ambientalistas destacam a redução em 75% de emissão de gases estufa, se comparado aos combustíveis fósseis. A disponibilidade de óleos vegetais no Brasil também é outro ponto positivo. Lenhardt afirma que só contando com a quantidade disponível no país de óleo de dendê, poderíamos ter a riqueza equivalente a da Arábia Saudita em reserva de combustível. Assim, ele garante que “usar o óleo vegetal é a estratégia mais inteligente que a natureza inventou para gerar energia”.
Outro benefício é a possibilidade de auto-suficiência de cada cidadão com o seu próprio óleo. Atualmente, em Porto Alegre, do total de óleo vendido, 75% é para uso doméstico e 25% para restaurantes. Dessa quantidade de uso doméstico, só 5% do total é recolhida na capital gaúcha, o que indica que há muito biocombustível sendo desperdiçado e descartado em locais impróprios, como ralos de pia, vaso sanitário, no solo.
Outro ponto a favor desse biocombustível é que ele lubrifica mais o motor, o que tende a aumentar a vida útil dele, inclusive dificultando que a bomba injetora fique entupida. “Meu carro já tem 250 mil km e, desde os 64 mil km, ele funciona a óleo vegetal. Já fui até Brasília, Goiás e Bahia assim. Sabe-se de carros, na Alemanha, que chegaram a 1 milhão de km rodados”, conta Lenhardt.
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