2 de junho de 2011

Prefeito ciclista vai a SP para encontro de sustentabilidade


No comando da administração de Copenhague, Frank Jensen usa a bicicleta todos os dias para ir ao trabalho.

Prefeito da capital dinamarquesa defende uso maciço da bicicleta para cortar emissões de carbono em sua cidade.




EDUARDO GERAQUE

DE SÃO PAULO


Copenhague quer ser a primeira cidade sustentável do mundo. A capital da Dinamarca, com cerca de 2 milhões de habitantes em sua região metropolitana, almeja chegar ao objetivo até 2025.
A receita para isso envolve o uso maciço da bicicleta, gestão adequada de resíduos e investimento em energias alternativas, como a eólica ou a gerada pela queima do lixo.
Parte dessas iniciativas serão apresentadas nesta semana, em São Paulo, por Frank Jensen, 50, prefeito social-democrata da cidade.
São Paulo- por ser considerada um cidade que "trabalha para ser sustentável", segundo Gilberto Kassab- será sede do C 40 Summit.
O evento, que deveria reunir os 40 prefeitos das maiores cidades do mundo para discutir o que estão fazendo para preservar o meio ambiente, tem, até agora, apenas 17 políticos confirmados.
Leia a seguir trechos da entrevista com Frank Jensen.


Que iniciativa é mais importante para que Copenhague se torne neutra em emissão de carbono?
Frank Jensen A produção de energia é a mais fácil de ser controlada pelo município. Nós investimos em energia eólica. Da biomassa e do lixo nós produzimos calor e energia elétrica. Fazemos esforços para utilizar toda forma de energia de maneira mais eficiente. E também pensamos em meios para que os habitantes poupem energia, seja usando bicicleta ou reciclando lixo.




Quantas pessoas usam a bicicleta no dia a dia?
Eu vou trabalhar de bicicleta. Mais da metade dos moradores usam suas bicicletas todos os dias. E 80% dele continuam usando durante o inverno. Fazemos várias iniciativas para fomentar essa cultura. No inverno, retiramos a neve das ciclovias antes de limparmos as ruas.



E o carro?
A Dinamarca é um dos países mais caros do mundo para se ter um carro, por causa dos impostos e das taxas. Para frear o aumento nas cidades, melhoramos ainda mais a infraestrutura cicloviária e aumentamos a eficiência do transporte público, construindo mais metrôs e integrando trens e ônibus.



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