21 de junho de 2011

Consumo Colaborativo, solução para a ociosidade

É melhor compartilhar e trocar do que ter um armário entulhado de coisas sem uso, foto: Lara S.

Já pensou em trocar um livro que você não vai mais ler por um DVD daquele filme que você está louco para assistir? E aquela furadeira sem uso há meses que você ainda mantém na dispensa? Que tal alugá-la para um vizinho do seu prédio que está precisando de uma? Pois saiba que muita gente está dando um uso mais inteligente aos seus bens emprestando, compartilhando, alugando ou até fazendo trocas de itens dispensáveis por outros de maior utilidade. Tendência em alta nos Estados Unidos e na Europa, o consumo colaborativo se vale das possibilidades da internet para transformar pertences em serviços. O que importa aos seus adeptos não é a posse de um produto, mas o acesso à comodidade ou à experiência que ele oferece. Assim, você diminui o consumo sem deixar de atender às suas necessidades.

É possível encontrar de tudo. No Zilok, por exemplo, basta fazer um cadastro grátis, oferecer seus produtos disponíveis para o aluguel e o site faz a mediação entre o proprietário e o interessado, que então se organizam para a entrega do item. Depois do uso, o produto é devolvido e o pagamento é efetuado ao dono. Mas, para garantir o sucesso da transação, é preciso ficar atento à avaliação dos usuários, que recebem ou perdem pontos a cada negociação. Até automóveis podem entrar na jogada. Por meio do Whipcar, os ingleses podem compartilhar um veículo com os seus próprios vizinhos e quem se interessar por trocas, seja de livros, DVD’s, roupas ou eletroeletrônicos, pode anunciar no Swap.

Aqui no Brasil o movimento do consumo colaborativo ainda é tímido, mas já conta com alguns representantes. É o caso do Enjoei, um bazar online de roupas e acessórios. A ideia do site surgiu em meio a um surto da publicitária Ana Luiza Mc-Laren. Dona de um pequeno apartamento, um dia ela estressou com a falta de espaço e começou a atirar peças de que já tinha enjoado em um montinho que resolveu comercializar na internet, e incentivou outras pessoas a fazer o mesmo. Resultado: No seu site, Ana já postou mais de 590 itens, 80% deles vendidos com sucesso.

Já Fernanda Nudelman decidiu pôr fim às angústias dos amigos freelancers e pequenos empresários que sofriam com os altos aluguéis dos seus escritórios, mas não estavam dispostos a trabalhar em casa. Ela criou o Pto de Contato, uma empresa de coworking em que profissionais autônomos dividem o mesmo espaço de trabalho. O interessado paga pelo tempo que utiliza o escritório e pode optar por planos de 10 a 500 horas por mês, com preços que variam de R$100 a R$1500.

Outro serviço que promete ajudar na expansão do consumo colaborativo no Brasil é o DescolaAí, que além da troca, também possibilita o aluguel de bens. O site possui um sistema que localiza o usuário mais próximo geograficamente daquele que procura o produto e os coloca em contato para acertarem os valores e prazos do aluguel.

Gostou dessas ideias? Então colabore para fazer do consumo individual e desenfreado algo do passado.

Fonte: www.oeco.com.br


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