7 de maio de 2010

Ética, Preparo e “Ficha Limpa”


A cada dia fica mais evidente para todos o fato de que Marina Silva representa hoje o que há de
mais novo no cenário da política brasileira e mundial.

Ontem, quinta-feira (06), durante o 27º Congresso Mineiro de Municípios, realizado em Belo Horizonte, aconteceu o primeiro debate direto entre os três principais pré-candidatos à Presidência da República nas eleições desse ano. O público mostrou-se desconfiado em relação a José Serra, enquanto Dilma Roussef foi vaiada em alto e bom som. A candidata do Partido Verde (PV) Marina Silva arrancou aplausos calorosos quando defendeu que os partidos políticos discutam o futuro do país a partir de uma “ética dos valores”, e não de uma “ética das circunstâncias”.

E ela está absolutamente correta. Penso que a pior das crises, talvez pior que a crise econômica mundial, é a crise moral, a crise de valores éticos no campo da política atual.

Ficha Suja
Caso a Lei da “Ficha Limpa” estivesse em vigor nas eleições deste ano, mais de 40% dos deputados da Câmara – ou 203 dos 513 – deveriam ter seus nomes incluídos na lista daqueles que teriam suas candidatures rejeitadas.

O PTB tem o maior número de parlamentares que são réus na Justiça: nas esferas estadual e federal, 46% são citados. O PMDB - partido com o maior número de parlamentares no Brasil -, tem 39% dos seus 354 representantes enrolados em processos na Justiça.

Apresentado no ano passado por iniciativa popular com mais de um milhão e seicentas mil assinaturas, o projeto original da Lei da “Ficha Limpa” propunha a inelegibilidade para os condenados.

Manobra
O texto vem sendo discutido há meses e na última quarta-feira (05/05) a Câmara dos Deputados adiou o fim da votação.

Depois de concluído na Câmara, o projeto ainda tem que ser votado pelo Senado.

Na prática, o adiamento não passa de uma manobra para que as mudanças não entrem em vigor neste ano.

A equação é simples: por que os parlamentares se empenhariam em desenrolar um projeto no qual eles seriam os principais afetados?

Na condição de pré-candidato a uma vaga como deputado distrital pelo Partido Verde (PV), eu, ADOLPHO FUÍCA, considero que o apoio à senadora Marina Silva na campanha presidencial deve
ser construído na medida em que candidatos de “Ficha Limpa” e bem
preparados mostrem suas caras.

Ficha Limpa
Por isso, mostro minha cara sem medo. Acredito que é dessa forma que vão-se construindo os marcos referenciais de nossa campanha: ética, valores, objetivos, metas, visões estratégicas, conceitos, pessoas e “Ficha Limpa”.

Assim como a senadora Marina Silva, eu defendo valores humanos na política, porque estou certo de que vem daí sua reputação internacional crescente, o que não se pode dizer dos outros
candidatos, que representam "o velho modelo", o modelo de aceleração
do crescimento a qualquer custo, o modelo este que está destruindo o mundo.

Um abraço.

Adolpho Fuíca




Nenhum comentário:

Postar um comentário