2 de julho de 2010

Saúde pública enferma

Dias atrás a Polícia do DF colocou na prisão o travesti que atacou as enfermeiras do SUS com dentadas e uma seringa entupida de sangue com o vírus HIV. Nove horas numa fila de hospital na Ceilândia é mais do que suficiente para despertar a ira que cada um leva hibernando dentro de si. Os trabalhadores da rede de saúde mobilizaram-se imediatamente pedindo mais “segurança”, mas ninguém deu um pio sequer a respeito das ignominiosas nove horas de espera... Pelo jeito, as filas continuarão.

Há décadas não se altera uma vírgula (para melhor) no universo da atenção aos doentes. Faltam remédios na rede pública e pessoas morrem à espera de vagas de UTI. A dengue está fazendo festa junina na Vila Planalto, que fica dentro do Plano Piloto, e os hospitais não tem condições de funcionar a contento.

Que os responsáveis pelos desvios, pelo mau uso do dinheiro do SUS, respondam perante à sociedade, nas próximas eleições, e perante o Poder Judiciário. Desviar dinheiro da saúde é um crime equivalente ao do travesti que atacou as enfermeiras com uma seringa de HIV. Ambos os delitos são tentativas criminosas de homicídio.

Saudações verdes!

ADOLPHO FUÍCA


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