Em meio ao caos urbano, aqueles que dependem do transporte público para se locomover são os que mais sofrem.
O benefício do Passe-Livre a estudantes deveria ser caso de polícia, tamanho o desrespeito, indiferença e deboche do governo distrital para com os alunos e seus pais, que gastam o que não tem para tentar conseguir os tais passes-livres nos guichês da empresa FÁCIL – uma ironia DIFÍCIL de aceitar.
Na segunda-feira houve greve dos rodoviários e como de costume nessas ocasiões, foi um deus-nos-acuda para conseguir ir para o trabalho ou voltar para casa.
São quase um milhão de pessoas que dependem do sistema de transporte coletivo e sofrem com a situação.
Como toda e qualquer categoria trabalhista, os rodoviários tem o legítimo direito de fazer greve. Mas questiono aqui os métodos utilizados. Penso que se o objetivo é pressionar os patrões, TODOS OS ÔNIBUS deveriam circular com a porta de trás aberta, sem a cobrança de passagens. Se querem lutar pelos seus direitos, que ataquem o bolso dos donos das empresas e não da população, que já arca com uma das tarifas de transporte mais caras e deficientes do Brasil.
Conta Errada do GDF
Mas há algo de errado nessa conta. Desde o princípio do ano, é o governo ((leia-se o contribuinte que paga seus impostos) quem custeia o pagamento do Passe-Livre para os estudantes brasilienses. No ano passado, quando o GDF arcava com apenas 60% do preço da passagem para os alunos, essa despesa entrava no cálculo tarifário, ou seja, quem arcava com a despesa não eram os donos das empresas, mas a população que pagava a passagem inteira. Seria lógico, então, que passando o GDF a custear o preço integral das tarifas para os estudantes, o valor do bilhete para os demais passageiros (que pagam inteira) fosse reduzido!
Mas há algo de errado nessa conta. Desde o princípio do ano, é o governo ((leia-se o contribuinte que paga seus impostos) quem custeia o pagamento do Passe-Livre para os estudantes brasilienses. No ano passado, quando o GDF arcava com apenas 60% do preço da passagem para os alunos, essa despesa entrava no cálculo tarifário, ou seja, quem arcava com a despesa não eram os donos das empresas, mas a população que pagava a passagem inteira. Seria lógico, então, que passando o GDF a custear o preço integral das tarifas para os estudantes, o valor do bilhete para os demais passageiros (que pagam inteira) fosse reduzido!
Quero dizer com isso que há margem para as empresas acertarem algum reajuste aos rodoviários sem aumentar em um centavo sequer a tarifa.
É importante lembrar que o responsável pela regulamentação e a concessão das linhas de ônibus é o GDF , portanto, é o GDF quem tem a responsabilidade de zelar pelos interesses da população.
Investir em transporte público amplo, de qualidade e com conexões estudadas é a essênia da sustentabilidade urbana. Dar maior amplitude às vias destinadas ao automóvel é aumentar ainda mais os congestionamentos e a poluição. No primeiro mundo, as ruas estão sendo diminuídas e as calçadas alargadas, operação que só funciona, obviamente, se a oferta de transporte público for decente. Menos carros nas ruas e mais espaço ao pedestre é qualidade de vida e respeito ao meio ambiente.
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