O Cerrado é o bioma mais ameaçado do Brasil. A constatação foi feita por especialistas no princípio do mês, devido ao que chamam de “tragédia ambiental”.
Até 2002, a devastação aferida tinha consumido um total de 890 mil km2. Uma nova análise realizada sobre imagens de satélite produzidas pelo Ibama detectou, entre 2002 e 2008, mais 85 mil km2 de desmatamento — o correspondente a quase 15 áreas equivalentes ao tamanho do Distrito Federal.
Um terço da madeira fornecida para a produção de carvão no Brasil, por exemplo, vem desse tipo de vegetação. Além disso, quase dois terços da área desmatada se transformaram em pastagens. “O cerrado ainda resiste na parte norte do país. No centro e no sul, não sobrou muita opção”, afirmou o diretor de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Bráulio Dias, em reportagem do Correio Braziliense.
O diretor do MMA, entretanto, disse que o desmatamento dentro de parques sob a responsabilidade do governo federal é pequeno se comparado ao detectado em reservas extrativistas e áreas de preservação ambiental (APAs). “Nas APAs é permitido qualquer uso da terra, desde que haja um zoneamento da área. Em poucos casos esse zoneamento é feito”, afirmou.
A União tem responsabilidade também sobre as unidades de conservação estaduais, onde foram registrados os maiores índices de desmatamento do Cerrado.
E a verdade é que falta ao governo federal exercer mais o seu papel de coordenador e fiscalizador dessas unidades.
Além da retirada de matas nativas dentro das unidades de conservação, é comum o desmatamento nos limites dos dos parques e nas chamadas áreas prioritárias.
Saudações Verdes!
ADOLPHO FUÍCA
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