A ex-senadora Marina Silva vai
reeditar estratégia que usou na campanha à Presidência em 2010 para tentar
acelerar a coleta das 500 mil assinaturas necessárias à fundação de seu novo
partido, provisoriamente chamado de "Rede".
Ela vai revisitar o conceito que
deu origem às "Casas de Marina", comitês domiciliares usados para
divulgar sua candidatura presidencial e buscar voluntários que queiram fazer de
seus lares e estabelecimentos centros de coleta de assinaturas de apoio ao novo
partido.
As "casas pró-Rede"
também servirão à campanha de marketing da nova legenda, coordenada pelo
cineasta Fernando Meirelles.
Marina Silva e seus aliados
correm contra o tempo para tirar a nova legenda do campo das ideias. A cúpula
da nova sigla trabalha com a estimativa otimista de levantar as 500 mil
assinaturas necessárias em até três meses.
Só com esse número de apoiamentos
é possível dar início ao registro na Justiça Eleitoral. Para concorrer em 2014,
Marina precisa finalizar essa burocracia até setembro.
"Esperamos uma adesão
voluntária muito grande", disse o deputado Walter Feldman (SP),
colaborador da Rede, hoje no PSDB. "A ideia é descentralizar ao máximo a
coleta de assinaturas", completou Basileu Margarido, ligado à ex-senadora.
Haverá um comitê oficial de
apoiamento em cada Estado. A Rede vai, ainda, reutilizar estratégia que serviu
ao PSOL, em 2004, e instalar quiosques para coleta de assinaturas em
universidades.
O carro-chefe da mobilização, no
entanto, será a internet, que irá disponibilizar fichas de apoiamento on-line e
cadastros para "multiplicadores"-- pessoas dispostas a coletar,
voluntariamente, dezenas de assinaturas.
A Rede promete uma pauta ética.
Seu estatuto prevê prazo de validade para mandatos parlamentares. Quem os tiver
exercido por mais de 16 anos, não poderá sair candidato a novo cargo.
Fonte: Folha de São Paulo
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