31 de agosto de 2012

Gavião-real raro visto no Centro-Oeste luta para se recuperar após tiro


A ave tem 1m de altura e 7,5kg: crime sem suspeitos nem ocorrência registrada
A espécie, incomum na região há 40 anos,foi atingida por tiros de chumbinho em uma fazenda goiana e ficou com a asa esquerda e uma pata prejudicadas.

Fazia 40 anos que um gavião-real não era visto nos ares de Goiás e do Distrito Federal. O desmatamento isolou os poucos exemplares na Amazônia e na Mata Atlântica. Mas quando uma ave de rapina dessa espécie apareceu sobre o cerrado, alguém decidiu derrubá-la. Ela recebeu um tiro de chumbinho na asa esquerda e outro na pata. O crime ambiental ocorreu em uma fazenda de Cocalzinho (GO), a 100km de Brasília. Agora, veterinários tentam manter o animal vivo. O seu retorno à natureza é incerto.

Com 7,5kg, quase 1m de altura e 2m de envergadura — de uma ponta a outra das asas — o gavião-real fêmea está internado desde quarta-feira no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Goiânia. “A ave chegou aparentemente bem, mas com a asa esquerda caída. Nossa preocupação é que não se alimentasse, pois é um animal selvagem. Hoje (ontem), porém, comeu cobaias (ratos de laboratório). Foi a nossa primeira vitória”, contou o coordenador do Cetas, Luís Alfredo Lopes Baptista.

Fonte: correioweb

24 de agosto de 2012

Moradores temem que serviços básicos não acompanhem expansão do Guará (DF)

A Terracap está vendendo lotes das novas quadras do Guará. Mas a expansão preocupa os moradores. Eles temem que os serviços básicos não acompanhem o crescimento da cidade.

Veja a reportagem clicando aqui.

Há algum tempo atrás, divulguei um vídeo tratando deste assunto:




Fonte DF/TV

21 de agosto de 2012

Número de animais com leishmaniose cresce 27,2% no Distrito Federal


O número de casos de leishmaniose preocupa donos de animais de estimação, principalmente dos que moram nas regiões de maior incidência da doença. Em Sobradinho e no Jardim Botânico, por exemplo, as administrações de condomínios têm realizado campanhas para alertar os moradores sobre o perigo. E há motivos para a mobilização. Do início do ano até agora, 585 animais foram diagnosticados com a moléstia, número superior ao contabilizado no ano passado, quando 460 exames apresentaram resultado positivo. Um aumento de 27,2%. De janeiro a junho de 2012, a Secretaria de Saúde notificou 34 pessoas de janeiro a junho de 2012, das quais 20 foram confirmadas posteriormente com a doença do tipo visceral.


Se comparado ao mesmo período de 2011, o total de casos aumentou, passou de 19 para 20. A maior parte deles é de não autóctones, ou seja, os pacientes contraíram a doença fora do DF. Mas a quantidade de pessoas que pegou leishmaniose visceral aqui registrou alta. Quatro no primeiro semestre contra dois nos primeiros seis meses do ano passado. Dois casos foram registrados em Sobradinho, um no Lago Sul e um na Fercal. De janeiro até agora, houve duas mortes no Distrito Federal, mas os pacientes vieram de Goiás e do Maranhão.

Exames gratuitos

Preocupado com a possibilidade de ser atingido pela moléstia, o militar aposentado José Maria de Oliveira, 54 anos, morador do Condomínio RK, em Sobradinho, não descuida do asseio no ambiente em que dormem os cachorros da casa. Além disso, faz testes periódicos nos animais, três fêmeas. “O pessoal da Vigilância Sanitária vem aqui todo ano e colhe material para exames. Elas também tomam vacina anualmente”, conta. E é no condomínio onde mora José Maria que a administração decidiu fazer uma campanha. No sábado, houve uma ação para conscientizar a respeito dos cuidados com os bichinhos. Em outros parcelamentos, panfletos foram distribuídos e cartazes afixados em áreas comuns com o objetivo de alertar sobre a ameaça.

Fonte: correioweb

16 de agosto de 2012

Reunião Hoje em pró do Parque do Guará

Atenção pessoal, HOJE, DIA 16/08, às 19h30 NO CENTRÃO, reunião para tratarmos de assunto veiculado pela imprensa sobre a especulação imobiliária em área do Parque do Guará (APROVADO NO PDOT VOTADO ONTEM, 15/08), Audiência do dia 24/08 no Parque e demais assuntos de relevante interesse para a população do Guará. Peço a gentileza de, se possível, contatarem os seus amigos, parentes, via e-mail, telefone etc para fincarmos fileiras contra a especulação imobiliária.
Contra a retirada de parte do Parque do Guará,  para construir prédios! Temos é que plantar bosques de Jatobá, Copaíbas, Cagaita, ...Guará e Brasília acorda!!!! Vamos impedir que este governo tecnocrata desenvolvimentista  passem o correntão em todas as áreas verdes que ainda resta do DF, Park Way, Gama, Planaltina,...Sacode Fóruns, Movimentos, Ministério Público,  vamos para o embate!!!

Adolpho Fuíca

15 de agosto de 2012

Tempo, tempo


Marina Silva
A política chega ao "miolo do vulcão" e seus agentes parecem o avesso de Midas: aspiram produzir os grandes relatos da história, mas tudo o que tocam, como ironizou Peter Sloterdijk, resulta algo "involuntariamente pequeno".

O julgamento, na mais elevada corte, de uma denúncia de corrupção, conhecida como mensalão, em vez de firmar os pesos na balança da Justiça mais parece atiçar a fogueira das vaidades e reforçar os vícios que lhe deram origem.

Uma CPI que deveria punir a continuidade renitente dos esquemas criminosos no Estado e estancar a cachoeira da corrupção vira um show de vergonhas. Ali, os que têm algo a dizer ficam em silêncio e os que não têm gritam.

Uma campanha eleitoral se arrasta nas ruas e se anuncia na TV desconhecendo as cidades e seus problemas para focar-se na disputa de poder, com alianças, discursos e marketing que lembram uma liquidação no comércio varejista.

Tudo o que minha geração batizou de "velha política" mostra sua capacidade de agarrar-se nas estruturas materiais e mentais e dali contaminar todo o organismo do país.

Assim, se uma lei de proteção às florestas pode ser desfigurada para servir ao setor mais retrógado do ruralismo, o passo seguinte é constranger a sociedade e os ambientalistas a largarem seus princípios e propostas e aderirem ao "mal menor", a versão negociada do retrocesso, como se os ecossistemas funcionassem por acordos políticos.

E há quem especule com o destino do Movimento Nova Política, visto na ótica do poder como uma "articulação para criar um novo partido", como se nesse ambiente de política "em tempos do cólera" não caibam mais ideais sinceros.

Como em uma fita moebios, onde não se distingue dentro e fora, qualquer ação ou palavra é interpretada como parte do jogo, dar ou negar apoio a candidatos, ocupar espaço, afirmar-se na disputa.
A esperança se guarda e se renova na imprevisibilidade de nós mesmos, pois para além de nossas narrativas diminutas há sempre a grandiosidade dos muitos Brasis que habitamos e dos muitos que nos habitam.

Uma porção generosa criativa e livre completa seus 70 anos de vida mantendo a alegria e a esperança da juventude.

Caetano e uma geração inteira, de Gil e Milton e Chico e tantos brasileiros que promoveram um ideal de conhecimento ético e estético que não pode se perder, não vai se perder nem diminuir.

A grandeza da alma brasileira, os valores cantados pela nossa exuberante diversidade cultural, todos os tesouros da nossa terra e mais as dádivas que recebemos do céu são as verdades tropicais em que nos afirmaremos para superar, na radical critica de Walter Benjamin, as 'experiências de pobrezas' desse nosso tempo, tempo, tempo. Compositor do destino?

8 de agosto de 2012

Cota em universidades federais para aluno de escola pública é vista com reserva


São Paulo - O projeto de lei aprovado ontem no Senado, que prevê metade das vagas de universidades federais para alunos oriundos da rede pública, é visto com reservas por educadores. Para o diretor da Fapesp e ex-reitor da Unicamp Carlos Henrique de Brito Cruz, o projeto de lei é ruim porque fere a autonomia. "É uma usurpação da autonomia universitária, porque viola o direito de que cada instituição decida o modelo mais adequado, que tenha mais relação com a sua tradição de avaliar o mérito acadêmico", argumenta.

Uma boa implementação da política, no entanto, depende de estudos prévios. "É preciso pegar os dados do Sistema de Avaliação Básica (Saeb), para entender as particularidades desses estudantes de escolas públicas. Eles não são todos iguais", avalia. "Não dá para fazer políticas genéricas." Quanto às cotas raciais, ele é contrário. "Acho que isso não funciona, porque vai muito da autodefinição e os detalhes e diferenças são todos muito sutis", explica Alavarse.Para o professor Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), o estabelecimento de cotas sociais é importante à medida em que pode facilitar o acesso de estudantes de escolas públicas a cursos mais concorridos. "Basta ver os cursos mais disputados de qualquer universidade pública, para ver como é raríssimo encontrar algum estudante oriundo do sistema público", diz - o que, segundo ele, perpetua a disparidade social, já que os estudantes do sistema público tendem a ter um nível socioeconômico mais baixo.
Segundo o projeto de lei, nas vagas reservadas a cotas sociais ocorrerá um ajuste racial, feito com base nos porcentuais dos perfis étnicos em cada Estado. Por exemplo, a reserva de vagas para negros em Santa Catarina será menor que na Bahia.
Nas universidades estaduais paulistas, a discussão sobre cotas raciais está fora da pauta. Assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) votou pela constitucionalidade das cotas raciais, em abril deste ano, USP, Unesp e Unicamp se disseram contrárias à medida. Elas defendem a prevalência do mérito na seleção, embora tenham ações de inclusão - sem, no entanto, reservar vagas.
Atualmente, a USP mantém o Programa de Inclusão Social (Inclusp), que dá bônus no vestibular a estudantes da rede pública. Neste ano, 28% dos novos alunos vieram de escolas públicas. Mesmo sem reservar vagas, a Unicamp é a única que tem benefício específico para pretos, pardos e indígenas. Eles chegam a receber 7% de bônus na nota, cerca de 2 pontos porcentuais a mais que alunos de escola pública - também beneficiados. No último vestibular, 8,9% dos matriculados na Unicamp vieram do grupo de pretos, pardos e indígenas. Das três, a Unesp foi a que mais incluiu alunos vindos de escolas públicas: 41%. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Brasil chega a marca de 600 RPPNs federais



O Instituto Chico Mendes criou na semana passada mais uma reserva particular do patrimônio natural, totalizando seiscentas unidades desta categoria. É a RPPN Corredeiras do Rio Itajaí II, localizada no município de Itaiópolis, em Santa Catarina, com 79,05 hectares. Juntas, as RPPNs federais protegem cerca de 480 mil hectares.

Os proprietários da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí II, Germano Woehl Junior e Elza Nishimura Wehl, realizam diversos trabalhos para preservação do meio ambiente. Além dessa reserva, já possuem oito RPPNs e outra já está em fase de criação. Todas elas estão localizadas nos municípios de Itaiópolis e Guaramirim, no estado de Santa Catarina.

Segundo Germano, na área onde está sendo criada a RPPN vive o raro e ameaçado pica-pau-de-cara-canela, Dryocopus galeatus [ http://www.ra-bugio.org.br/ver_especie.php?id=926 , que está na lista oficial das espécies ameaçadas de extinção. “Quando a área é transformada em RPPN, sua preservação fica legalmente assegurada mesmo quando não estivermos mais aqui. Eu conheço dezenas de casos de pessoas que amavam a natureza, cuidavam da mata que tinham em suas propriedade, não retirando palmito, nem um musgo sequer. Mas, assim que morreram, os sucessores não tiveram a mesma visão e destruíram tudo. Isso não acontece quando transformamos a área em RPPN”, destacou Germano.

O estado com o maior número de RPPNs federais é a Bahia, com 93 unidades, seguida de Minas Gerais, 88, e Rio de Janeiro, 64. O Acre está na lanterna, com apenas uma. O bioma Mata Atlântica é o que concentra a maior parte das RPPNs federais (55%). Já o Pantanal tem a maior extensão de área protegida pela categoria, com cerca de 244 mil hectares.

 “A criação de RPPNs é fundamental porque significa a compreensão e o apoio da sociedade civil ao esforço público de conservação da biodiversidade. O dever de conservar deve ser de cada um de nós, cidadãos brasileiros. Mas aqueles que têm a oportunidade de destacar parte de sua propriedade particular à perpetuidade na forma de uma reserva particular estão contribuindo significativamente para a conservação ambiental deste país”, destaca o diretor de Criação e Manejo de UCs, Pedro Cunha e Menezes.

Como criar uma RPPN?
Os interessados em ter seu imóvel transformado emReserva Particular do Patrimônio Natural devem acessar o Sistema Informatizado de Monitoria de RPPN - SIMRPPN pelo sitewww.icmbio.gov.br/rppn , para preenchimento do requerimento. Os procedimentos que antes eram realizados manualmente agora são realizados via internet, tornando o processo mais simples e transparente.

José Luciano de Souza, técnico da Coordenação de Criação de Unidade de Conservação, esclarece que o sistema documenta cada etapa do processo de criação e realiza cerca de 70% da análise que antesera executada manualmente. “O SIMRPPN fornece informações sobre o andamento do processo, permitindo o acompanhamento tanto pelos técnicos do Instituto como pelo proprietário da reserva proposta”, afirma Luciano. Os procedimentos para a criação de uma RPPN estão disponíveis na publicação “Roteiro para criação de RPPN Federal”, que pode ser acessada em www.icmbio.gov.br/rppn.