18 de janeiro de 2011
Na luta pelo Parque do Guará
7 de janeiro de 2011
Cinquentão!
Galera,
muito obrigado pelos parabéns! Hoje, quando chego à marca do “Cinquentão”, fico a pensar, na minha infância e adolescência, aqui em Brasília, de quadra em quadra, amigos, colégios, azarações, pegas, esportes e muitas aventuras. Nunca ficava pensando nos 50, mas nos “18”, carteira de habilitação... Hoje vejo que os 50 não representa o velho. Sim, meus cabelos são totalmente brancos, mas tinha mesmo desde os 25 anos e sou feliz com minha aparência.
Sou hoje como sempre pensei, “vou ser jovem pra sempre!” Fiquei mais maduro, experiente, mas sempre sentindo-me como um jovem, com sonhos, utopias, bandeiras de luta, adorando esportes, mesmo que pela TV (risos)!
Às vezes a vida nos tira alguns de nossos familiares, irmãos de coração, amigos e conhecidos. Mas, ao mesmo tempo, ganhamos também novas mães,pais e, principalmente amigos, dos quais desfrutamos de momentos bons,realizamos viagens, atividades gratificantes e vienciamos emoções gratificantes. Estes bons momentos de felicidade, seja no trabalho, nos esportes, no lazer, na família e tudo mais, é o que há de melhor nesta vida e é o melhor para nossos corações!
E o que nós levamos para a vida eterna é uma procura continua por melhorar nossos espíritos e alma, para quem sabe, um dia, voltarmos de novo!
Por fim, o “cinquetão” é mesmo maravilhoso, não é velho, e está cheio de saúde, tesão, felicidades. Minha família maravilhosa, minha Colinas do Sul, Piri, o Cerrado! Os amigos! Pelo jeito que gosto da vida e de viver, não vou fazer a contagem regressiva de quando aposentar... e sim vou somar os próximos anos com o maior orgulho, pois quero chegar a mais 50 e com qualidade de vida, vigor, lucidez e A M I G O S!
Obrigado e Feliz 2011!
ADOLPHO FUÍCA
4 de janeiro de 2011
Qual é a atual política de resíduos sólidos aplicada no DF?
Por Adolpho Fuíca
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada em agosto de 2010, as cidades brasileiras serão obrigadas a banir os lixões até 2014. Em seu lugar, deverão ser construídos aterros sanitários com controle ambiental, fechados à catação, para onde serão levados apenas rejeitos - ou seja, os resíduos que não podem ser reciclados.
As administrações municipais se inserem neste contexto ao estabelecerem relações formais com as cooperativas de catadores mediante contratos de longo prazo, de acordo com as realidades locais.
Em Salvador, por exemplo, a estratégia é estruturar uma rede de cooperativas para venda em grupo dos materiais recicláveis, com melhor margem para negociação de preços. Também está previsto investimento na pré-industrialização de produtos reciclados pelas cooperativas, agregando valor ao material separado do lixo.
Em Aracaju, onde será construído um novo aterro sanitário, optou-se por constituir uma nova empresa de limpeza urbana com participação acionária dos catadores.
O mesmo caminho segue o município de Abreu e Lima (PE), próximo a Recife, onde os catadores têm apoio para montar um minipolo industrial de reciclagem.
Manaus, maior geradora de lixo na Amazônia, também começa a definir uma fórmula para remunerar os catadores, com base em indicadores como produção mínima, viabilidade econômica e demanda do mercado local.
No município de Itu (SP), a coleta seletiva existe há dez anos e cobre hoje 100% da área urbana e 20% da rural, ao custo de R$ 25 mil mensais. Os resíduos são levados para uma cooperatia, também objeto de estudos para se chegar a uma metodologia de remuneração pelo serviço. Atualmente, os 82 cooperados têm ganho mensal próximo a R$ 900 e condições para acesso a programas habitacionais.
E o Distrito Federal?
Mas, e a Capital da República, que exemplo tem dado? Qual é realmente a postura adotada a respeito dos resíduos sólidos no Distrito Federal?
O Lixão da Estrutural recebe praticamente tudo que é descartado pela população nas residências - cerca de 2 mil toneladas diárias de resíduos, inclusive recicláveis.
Cerca de 1.600 catadores atuam na área e, com sorte, podem ganhar até R$ 3 mil mensais. Em condições insalubres, garimpam montanhas de papéis, garrafas, metais, entulho e plástico - inclusive bandeiras que restaram das campanhas eleitorais. A maioria mora no Entorno, que cresceu na base de invasões e hoje reúne 42 mil habitantes, movimentando R$ 8 milhões mensais a partir do lixo.
A expectativa é de que os investimentos para a Copa do Mundo de 2014, ao seguir padrões ambientais, incluam a infraestrutura para a coleta seletiva.
A inserção das cooperativas de catadores como prestadoras de serviço de limpeza urbana apresenta-se como uma alternativa viável. Elas podem ser remuneradas pelo poder público para realizar tarefas - desde a separação dos materiais em centros de triagem até a própria coleta nas moradias, desviando para a reciclagem o lixo dos aterros. Essa força de trabalho é o caminho mais barato e acessível para tirar embalagens das ruas.
No caso de Brasília, como uma capital planejada, há boas condições urbanísticas para a coleta seletiva. O serviço chegou a operar entre 1996 e 1998 no Plano Piloto, com forte adesão popular, mas não teve continuidade.
Os catadores do DF são responsáveis, hoje, pelo aproveitamento de 7 mil toneladas, antes destinadas ao lixão. O desafio é buscar condições para que o Lixão da Estrutural, o único local onde são enterrados os resíduos de Brasília, seja transformado em aterro dentro de critérios ambientais, podendo inclusive gerar receita com a conversão do gás metano em energia.