Brasília cai quatro posições no ranking do saneamento básico nacional
Foi muito pequena a melhora brasileira na prestação dos serviços de fornecimento d’água potável, coleta e tratamento dos esgotos entre 2008 e 2009.
Somente 44,5% da população possuía, em 2009, rede de esgotos. Um aumento de 1,3% da população atendida em relação ao ano anterior.
Algumas cidades como Brasília apresentaram mesmo queda na qualidade dos serviços prestados. O levantamento tem base no SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, ano 2009, recém divulgado pelo Ministério das Cidades. Ele mostra que Brasília deixou o time das dez cidades do país com os melhores serviços de saneamento, caindo da nona para a 13ª posição.
Segundo Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil, em termos fornecimento de água tratada, Brasília está numa situação confortável. “Há ainda um esforço a ser feito no que se refere ao índice de esgoto tratado por água consumida que estacionou na faixa dos 70% desde 2008. Especificamente em 2009, quando comparado a 2008, também houve diminuição dos investimentos (de R$ 283 milhões em 2008 para R$ 224 milhões em 2009), o que ajudou na queda da cidade no ranking” – diz o analista.
A pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil avaliou os serviços prestados nas 81 maiores cidades brasileiras, com mais de 300 mil habitantes.
As dez cidades com melhores serviços de coleta e tratamento de esgoto no Brasil são:
- Santos (SP)
- Uberlândia (MG)
- Franca (SP)
- Jundiaí (SP)
- Curitiba (PR)
- Ribeirão Preto (SP)
- Maringá (PR)
- Sorocaba (SP)
- Londrina (PR)
- Ponta Grossa (PR)
- São José do Rio Preto.
- Brasília (DF)
- Belo Horizonte (MG)
Para fazer o ranking, o Trata Brasil considera várias informações prestadas pelas empresas operadoras de saneamento nas cidades, tais como a população total atendida com água tratada e com rede de esgoto; tratamento do esgoto por água consumida; índice total de perda de água tratada – calculado com base nos volumes totais de água produzida e de água faturada demonstrando a eficiência do operador, tarifa média praticada e que corresponde à relação entre a receita operacional do prestador do serviço e o volume faturado de água e de esgoto na cidade, além dos investimentos em relação à geração de caixa dos sistemas, compreendendo a arrecadação sem despesas operacionais. Para cada indicador o estudo estabelece um ranking de evolução e a combinação destes dados classifica a cidade no ranking.
O índice médio em coleta de esgoto nas 81 cidades foi da ordem de 57% da população. Apesar da queda na amplitude dos serviços prestados, Brasília está entre as 66, das 81 cidades analisadas, que informaram atender 80% da população com coleta de esgoto. Quatro cidades apresentaram índice zero de coleta de esgoto. Ou seja, nenhuma gota é coletada. São elas: Ananindeua (PA) e as cidades fluminenses de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São João do Meriti.